Steve Morrisssey, mais conhecido pelo seu sobrenome, foi líder de uma certa banda chamada The Smiths e consolidou uma longa carreira solo ao longo de todos esses anos.
Além disso, ele fazia resenhas de artistas e discos e uma delas foi para a já defunta revista Inglesa Melody Maker.
Em uma delas, de Julho de 1976, ele falou sobre os Ramones, e o título já diz o que ele achava da banda: “Os Ramones são um lixo”:
Os Ramones são a mais recente banda de presunçosos degenerados e sem talento cuja realização mais notável até hoje é a habilidade de passar das fronteiras de Nova York, e puramente pela força de uma enxurrada de textos convincentes que projetam os Ramones como um presente de Deus ao rock.
Eles foram recebidos pela bajulação instantânea de um exército de fãs enganados. Musicalmente, eles não lidam com detalhes ou variações de nenhum tipo, a regra da banda é ser tão incompetente quanto o possível.
Para uma banda que diz projetar a juventude da América, a vida suburbana de Nova York, anti-conformismo, sexo e lutas, ou seja lá o que for, eles falham miseravelmente. E na luz sóbria do dia, suas imperfeições têm uma chance.
Os Ramones fazem o Stooges soarem como mestres da música clássica e eu sinto que o único lugar para sua música contraditória é o centro rico de Manhattan com o qual eles, sem dúvidas, estão acostumados.
O New York Dolls e Patti Smith provaram que há alguma vida pulsando nos pântanos e entranhas de Nova York, e eles são os únicos grupos surgidos da cena underground de NY que merecem reconhecimento. Os Ramones não têm absolutamente nada a adicionar em relevância ou importância e deveriam ser esquecidos.
Acho que não foi bem isso que aconteceu.
Fonte: Prefix