O Rise Against é uma das atrações do WROS Fest, evento que acontece no Brasil no começo de Novembro e ainda irá contar com bandas como Pennywise, Alkaline Trio, glassjaw e Streetlight Manifesto.
Aproveitamos a vinda da banda para cá e conversamos com o vocalista Tim McIlrath a respeito dos dois shows que a banda fará no evento, a indústria da música, política e mais.
Confira logo abaixo o bate papo com o cara, que recentemente lançou uma faixa em parceria com Tom Morello e Serj Tankian.
TMDQA!: Vocês já vieram ao Brasil antes, mas dessa vez serão os headliners de um festival de dois dias que tem sido esperado por fãs de punk rock há muito tempo. Como você se sente ao estar entre tantas outras bandas e estar escalado para dois shows em dois dias?
Tim McIlrath: A única coisa melhor que visitar lugares onde raramente tocamos é visitá-los com amigos. Eu acho que escolheríamos várias das mesmas bandas se pudéssemos, nós já dividimos a estrada e somos amigos de quase todas as bandas desse show, então vai ser muito divertido.
TMDQA!: E os setlists dos shows? Eles serão diferentes entre si?
Tim: Nossos setlists normalmente são baseados em quanto tempo temos para tocar e quais músicas tocamos na última vez que estivemos no local. Tentamos fazer com que a gente toque o máximo de músicas diferentes a cada visita em uma cidade, e às vezes fazemos mudanças de última hora porque achamos melhor.
TMDQA!: O que você acha do estado político atual da campanha nos Estados Unidos? A política é parte fundamental das letras do Rise Against, vocês já escreveram algo a respeito de eventos recentes como o infame vídeo do candidato Mitt Romney?
Tim: Quando lançarmos um novo disco, essa eleição já vai ter passado há muito tempo. Me preocupa que boa parte do país é estúpida o suficiente para votar em um cara como Mitt Romney. Espero que nossas músicas deixem claro que candidatos à presidência são apenas sintomas de problemas muito maiores.
TMDQA!: Estamos vivendo em tempos onde as pessoas estão começando a perceber que ações como o bullying não são normais e várias organizações estão lutando contra essas práticas. Como vocês se envolvem em campanhas contra o bullying, a homofobia e assuntos dessa ordem?
Tim: O bullying existe desde que tudo começou, e eu não sei se iremos viver em um mundo onde ele não exista. O que me preocupa é o bullying baseado na homofobia. Não são apenas as partes retrógradas da sociedade que ainda têm um problema com a comunidade gay; vemos muito disso em nosso governo e em nossas lideranças. Eu acho que essa questão é o movimento pelos direitos civis da nossa geração. Precisamos trabalhar para eliminar a discriminação. Nós trabalhamos com a campanha “It Gets Better” e recentemente recebemos um prêmio “LGBT Media Advocacy” da ACLU. Iremos continuar trabalhando pelos direitos dos homossexuais em tudo que fizermos.
TMDQA!: O Foo Fighters é possivelmente uma das maiores bandas do mundo hoje em dia. Como vocês se sentiram ao abrirem shows da banda em 2011?
Tim: Foi realmente incrível ter a oportunidade de tocar para os fãs deles mas também de poder assistir a como funciona toda a operação da banda e como essa banda trabalha. Eu fiquei muito impressionado com tudo.
TMDQA!: O que você acha do atual estado da indústria da música? Você acha que a Internet e os downloads (legais e ilegais) são coisas ruins para as bandas?
Tim: Eu sempre achei que a decisão de disponibilizar as músicas de uma banda para download cabe exclusivamente à banda. Nós temos muita sorte de poder fazer o que fazemos, mas eu conheço várias outras bandas que lidam com uma dura realidade. Músicos são colocados em um padrão diferente do resto do mundo quando o assunto é sucesso, ainda mais na cena do punk rock. Resumindo, eu acho que trabalho duro deve ser recompensado e merece ser recompensado.
TMDQA!: Você tem mais discos que amigos?
Tim: Definitivamente!!
WROS Festival
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