Entrevistas

<b><i>Monster</i></b>, novo álbum do <b>Kiss</b>, foi gravado de forma analógica

<b>Paul Stanley</b>, guitarrista da banda, falou sobre esse e outros assuntos em entrevista recente.

Monster, novo álbum do Kiss, foi gravado de forma analógica

Paul Stanley, guitarrista e um dos fundadores do Kiss, conversou com a reportagem da Rolling Stone dos Estados Unidos sobre diversos aspectos do novo disco da banda, Monster.

O músico comentou sobre a produção do álbum, que foi feita por ele e por Greg Collins, como no último disco, o Sonic Boom, e disse também que era necessário que o Kiss fosse o foco principal de todos. As canções foram gravadas com todos presentes em uma sala e não houve nenhuma colaboração de fora da banda nas composições, como foi Desmond Child no passado.

E o que chamou a atenção na mencionada entrevista, foi quando Paul respondeu a pergunta se Monster havia sido gravado em fita analógica:

E com o máximo de equipamento vintage possível. Você não precisa reinventar a roda. Eu não tenho nada contra tecnologia. Mas quando a tecnologia supera a emoção e a sensação, quando alguém vai dizer que você é bom olhando através de telas de computador ao invés de ver se as pessoas estão suando ou batendo o pé, eu caio fora. Gravamos de forma analógica e nós sentamos ao lado de nossos amplificadores. Foi muito bom. Sempre é empolgante quando você está fazendo algo sem a ajuda de fontes externas. Ninguém ouviu o disco até que ele estivesse pronto. Eu não estava interessado no que outras pessoas pensavam. Havia três pessoas no estúdio cujas opiniões eu valorizava, e foi isso.

A reportagem comentou que o último disco do Foo Fighters havia sido gravado da mesma formad e perguntou se ele espera que outras bandas façam o mesmo. Paul disse o seguinte:

Sim, quando se torna claro que as pessoas se desviaram da essência do que nós estamos fazendo. Por falar nisso, eu estava conversando com Dave Grohl essa manhã quando nós estávamos deixando nossas crianças na escola. Ele está fazendo um documentário sobre o estúdio Sound City, sobre a grande história dele. A música e as pessoas que o inspirou gravaram em fita. Eles não tinham pedais onde você apertava um botão do lado direito e eles te davam um cappuccino. Nossos heróis não usavam equipamentos parecidos com os de Star Trek. se você não consegue fazer um excelente som com sua guitarra plugada em um amplificador, você precisa de uma nova guitarra ou um novo amplificador.

Perguntado se ele ainda tem contato com os antigos membros do Kiss, Peter Criss e Ace Frehley, Stanley respondeu: “Não. Nem é questão de animosidade, apenas não há espaço na minha vida hoje. Posso dizer que a banda não estaria aqui sem esses caras, mas também não estaria aqui se eles ainda estivessem nela. Eu respeito e amo o que criamos juntos, mas isso foi há muito tempo”.

Para conferir a entrevista na íntegra, em inglês, clique aqui.

O Kiss fará três shows no Brasil no mês de Novembro, com a apresentação em São Paulo sendo transmitida ao vivo pela internet.