16 músicos que foram assassinados

Veja nossa lista de músicos que, por um motivo ou outro e de formas variadas, foram assassinados.

John Lennon e seu assassino, Mark David Chapman
Foto: Paul Goresh

A história da música é feita de passagens incríveis mas também tomada por grandes tragédias.

Logo abaixo nós compilamos uma lista com eventos que abalaram o mundo todo e músicos que foram assassinados por fãs, stalkers, bandidos e até mesmo por uma ex-presidente de fã clube.

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Leia logo abaixo.

John Lennon

Uma das figuras mais famosas da história não apenas da música, mas das últimas décadas, John Lennon ficou famoso com os Beatles e depois, em carreira solo, pregou pela paz de diversas maneiras, com letras de protesto e manifestações.

Em 08 de Dezembro de 1980, Lennon foi morto a tiros por Mark David Chapman enquanto voltava para seu apartamento em Nova York.

Chapman planejou o assassinato, acertou quatro tiros nas costas de Lennon e horas antes, havia conseguido um autógrafo do seu ídolo (sim, ídolo) em uma cópia de Double Fantasy.

Após o assassinato, Mark permaneceu na cena do crime com o livro O Apanhador No Campo de Centeio, que trazia a frase escrita por ele: “Essa é minha declaração.”

Ele está preso até hoje, e já chegou a declarar que matou Lennon para “ganhar a sua fama.”

 

Dimebag Darrell

Dimebag Darrell, guitarrista co-fundador do Pantera, morreu fazendo o que mais gostava: tocando guitarra.

Por uma coincidência terrível ou ato planejado, também foi no dia 08 de Dezembro (como no caso de Lennon, mas em 2004) que Nathan Gale, um dos membros da plateia de um show da nova banda de Darrel chamada Damageplan subiu ao palco e disparou três tiros contra a cabeça do guitarrista, sendo que o terceiro o matou na hora.

Depois de matar o guitarrista, Nathan não parou por aí, continuou disparando, matou mais três pessoas e feriu sete no local. Ele ainda tinha 35 balas sobrando em sua arma quando um policial chegou à cena do crime e o matou com um tiro de espingarda.

Vários motivos foram dados como a explicação para o ato de Gale, desde ele estar bravo pela saída de Dimebag do Pantera e suas brigas com o vocalista Phil Anselmo até o de que ele seria esquizofrênico e tinha ilusões sobre os membros da banda lerem sua mente, roubarem seus pensamentos e rirem de sua cara.

Tenso.

 

Sam Cooke

Sam Cooke foi um grande artista de música gospel, R&B e é considerado um dos pioneiros da soul music, sendo chamado por muitos de “Rei do Soul”.

Em 11 de Dezembro de 1964, ele estava hospedado no Hacienda Motel em Los Angeles, quando foi morto a tiros pela gerente do local, Bertha Franklin, que disse ter agido em legítima defesa.

Segundo ela, Cooke entrou em seu escritório usando apenas sapatos e uma jaqueta e gritando para saber onde estava a mulher que chegou com ele. A gerente disse que não havia ninguém ali e ele continuou gritando, além de agarrá-la e jogá-la ao chão. Foi aí que Bertha pegou uma arma e disparou contra o cara, o matando.

No final das contas, a gerente não foi presa pois a Lei determinou que o homicídio foi “justificável”, apesar de amigos e parentes de Cooke afirmarem que houve uma conspiração para matá-lo.

Ele tinha apenas 33 anos de idade.

 

Marvin Gaye

De forma irônica, se o Rei do Soul foi assassinado, o Príncipe do Soul também.

Marvin Gaye foi um dos grandes nomes do estilo, um dos símbolos da Motown e tem músicas que até hoje são ouvidas e fazem muito sentido em nossa sociedade, como “What’s Going On?”

Em 01 de Abril de 1984, Gaye participou de uma briga de família onde seu pai estava gritando com sua mãe, e se envolveu em uma luta com o pai, que só terminou depois que a mãe os separou.

Gaye foi para o seu quarto e seu pai deixou o local, para pouco tempo depois voltar com uma arma e disparar dois tiros contra Marvin, sendo que o primeiro, no peito, foi fatal.

Segundo a autópsia realizada no cantor, havia cocaína e PCP em seu sangue, e a arma utilizada no crime foi dada pelo próprio a seu pai, como presente de Natal, para proteção. Alguns amigos e familiares chegaram a ventilar inclusive a possibilidade de que ele sabia que seu pai agiria dessa forma, por isso o presenteou como uma forma de “suicídio planejado”, pois era depressivo.

Um dia depois, se estivesse vivo, Gaye completaria 45 anos de idade.

 

Peter Tosh

Peter Tosh foi um dos grandes nomes da história do reggae já que, além de ser um dos membros mais importantes do Wailers, também trilhou uma carreira solo de muito sucesso após sair do grupo.

Foi em 11 de Setembro de 1987 que Tosh, ao chegar na sua casa na Jamaica, foi surpreendido por três homens que lhe pediam dinheiro, mas que receberam uma resposta negativa, já que Tosh não teria nenhum ali.

Não acreditando no cara, os bandidos ficaram em sua casa, o torturando, durante horas, e após muita frustração por não conseguir o que queria, o líder do bando chamado Dennis Lobban, apontou uma arma para a cabeça de Peter e o matou com um tiro. Outras pessoas estavam na casa de Tosh pois ele tinha acabado de voltar dos Estados Unidos e também foram mortas no local.

Ironicamente, Peter Tosh havia sido bondoso com Dennis um tempo antes, quando chegou a inclusive tentar arranjar emprego pra ele depois que o cara saiu da prisão por outros crimes.

Tosh tinha 42 anos de idade.

 

Tupac Shakur

Tupac Shakur, também conhecido como 2Pac, era um rapper que ficou bastante conhecido nos anos 90, quando hip hop, rap e ações violentas de gangsters eram mais do que comuns nos Estados Unidos.

Havia uma enorme rivalidade entre os rappers da Costa Oeste, com sua maioria na Califórnia, e da Costa Leste, que se concentravam em Nova York. Mesmo tendo nascido em NY, Tupac se mudou cedo para Oakland, na Califórnia, e foi lá que desenvolveu sua carreira, entrando no meio da confusão toda pelo lado da Costa Oeste e se envolvendo em sérios problemas.

Um deles foi na noite de 7 de Setembro de 1996, quando em Las Vegas, Shakur assistiu a uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon e quando saiu de lá encontrou um membro da gangue Southside Crips, cujos integrantes haviam roubado um homem da Death Row Records, defendida por Shakur, algum tempo antes.

Tupac foi então tirar satisfações com o cara e levou toda sua equipe, que bateu nele e depois se encaminhou para o Club 662, casa noturna cujos donos eram da própria Death Row.

No caminho, quando pararam em um semáforo, o carro deles foi abordado por um veículo onde estavam várias mulheres, que deram em cima de Tupac (ele estava para fora do carro pelo teto solar) e foram convidadas pelo cara para ir até o clube noturno também. Pouco depois um Cadillac encostou do outro lado, e sem que o rapper pudesse ter qualquer reação, vários tiros foram disparados dele em sua direção.

Shakur não morreu na hora, chegou inclusive a ficar consciente durante boa parte do tempo e foi induzido ao coma, sendo levado para a UTI do University Medical Center. Em 13 de Setembro, 6 dias depois e com apenas 25 anos de idade, ele não resistiu a várias hemorragias internas e morreu.

O tiro fatal, que causou os danos internos, teria sido dado justamente pelo membro da gangue que apanhou de Tupac algumas horas antes, mas há várias teorias de que tudo estava programado e que a atitude teria sido resultado da tal rivalidade entre LA e NY, e que um certo “chefão” do rap de lá estaria envolvido: The Notorious B.I.G.

 

The Notorious B.I.G.

The Notorious B.I.G era um dos maiores nomes do hip hop da Costa Leste, tendo ao seu lado gente como Sean Combs (Puff Daddy, P Diddy) e sendo um dos maiores ícones da guerra entre os rappers dos dois lados dos Estados Unidos.

Quando Tupac foi assassinado, muita gente acreditou que ele era o mandante, e havia fortes indícios para isso, já que amigos e familiares chegaram a forjar gravações que provassem que ele estava em um estúdio trabalhando no horário em que Shakur foi baleado.

Acontece que pouco mais de um ano depois do ocorrido em Las Vegas, em 09 de Março de 1997, a cena praticamente se repetiu.

Em 08 de Março, B.I.G. entregou um prêmio a Toni Braxton no Soul Train Music Awards, em Los Angeles, e depois de lá foi para uma festa, que acabou sendo fechada pelos bombeiros devido ao número excessivo de pessoas por lá, que se aglomeravam no Petersen Automotive Museum. Perto da 1 da manhã do dia 09, quando saía do local, o carro onde estava Notorious parou em um semáforo a apenas 45 metros do museu, quando então um outro veículo parou ao seu lado e de dentro dele vários tiros foram disparados em sua direção, sendo que quatro deles acertaram o peito do rapper.

Apenas 15 minutos depois, quando já havia sido levado ao Cedars-Sinai Medical Center, Notorious B.I.G. foi declarado morto aos 24 anos de idade.

Como sempre, várias teorias circularam a respeito de sua morte, que até hoje ainda não tem um parecer convincente, e a maioria delas aponta para um acerto de contas entre aqueles que viram o assassinato de Shakur e participaram da brutal guerra entre o Pacífico e o Atlântico nos Estados Unidos.

 

Selena

Selena Quintanilla, conhecida apenas como Selena, foi uma artista que nasceu no Texas e que com seu pop latino e mistura de influências acabou sendo chamada de “A Rainha do Tejano”, estilo que mistura música folclórica do estado americano e do México, além de ganhar comparações com ninguém menos que a Madonna.

Com apenas 23 anos de idade, ela foi brutalmente e injustamente assassinada quando tinha uma carreira que só subia, já que contava com 14 singles número um nas paradas de música Latina da Billboard e foi eleita pela revista como a artista latina que mais vendeu na década de 90.

Em 31 de Março de 1995, Selena se encontrou com Yolanda Saldívar, ex-presidente de seu fã clube que havia sido demitida pois estava desviando dinheiro da cantora. Nesse encontro, que aconteceu em um hotel na cidade de Corpus Christi, no Texas, ela deveria entregar documentos financeiros exigidos pela cantora, sua família e seus empresários. Yolanda tentou enganar Selena dizendo que não havia levado os papéis pois havia sido estuprada, mas isso foi desmentido quando as duas foram até o hospital e os médicos falaram que não havia sinal de agressão sexual.

Quando voltaram ao hotel, Selena pediu os documentos mais uma vez e foi surpreendida por Yolanda que apontou uma arma em sua direção. Ela correu para escapar da agressora mas um tiro acertou em cheio o seu ombro direito, destruindo uma artéria, o que causou uma perda considerável de sangue.

Selena correu até o lobby do hotel, pediu por ajuda e lá desmaiou, enquanto Yolanda ainda corria atrás dela e a chamava de vagabunda. O atendente do hotel chamou uma ambulância mas Selena acabou falecendo no hotel devido à perda de sangue.

Ela tinha apenas 23 anos e o impacto foi tão grande, que o então governador do Texas, George W. Bush, tornou o dia de seu aniversário, 16 de Abril, o “Dia da Selena” no estado. Além disso, um filme a respeito de sua vida foi feito anos depois com Jennifez Lopez interpretando a cantora.

Yolanda, assassina da cantora, está presa cumprindo prisão perpétua com possibilidade de condicional em 2025.


 

Øystein Aarseth

Øystein Aarseth, também conhecido como Euronymous, era integrante da banda norueguesa de black metal Mayhem, que surgiu em 1984 e levava o peso e o sangue de suas músicas um pouco a sério demais.

Pra começar, em 1991 o vocalista Per Yngve Ohlin, ironicamente conhecido como Dead (“morto”), se suicidou.

Isso não impediu, porém, que a banda continuasse na ativa e principalmente com suas performances brutais no palco.

Acontece que dois anos depois, em 1993, o ex-membro da banda Varg Vikernes, que também tinha um projeto paralelo chamado Burzum, assassinou Euronymous a facadas, supostamente devido a desentendimentos quanto a acordos sobre o lançamento de discos das duas bandas.

No total foram 23 facadas, todas desferidas em 10 de Agosto de 1993, quando Euronymous morreu aos 25 anos de idade.

Vikernes foi condenado a 21 anos mas ganhou liberdade condicional em 2009.

 

King Curtis

Outro talento do soul e R&B que deixou o mundo cedo demais foi King Curtis.

Com quase 30 discos de estúdio em sua carreira, o cara, que flertou várias vezes com o rock e chegou a tocar músicas de bandas como Led Zeppelin com Aretha Franklin, foi assassinado por um motivo banal em 13 de Agosto de 1971, aos 37 anos de idade.

Ele chegava em casa em Nova York, para onde levava um ar condicionado, e encontrou dois mendigos usando drogas na escadaria de seu prédio. Uma discussão começou e um deles tirou uma faca do bolso e esfaqueou Curtis várias vezes no peito.

Menos de uma hora depois, Curtis estava morto.

 

Carlton Barrett

Carlton Barrett foi outra importante figura do reggae que tocou com o Wailers ao lado de Bob Marley.

O baterista esteve em todos os álbuns da banda e além de suas batidas, também foi o responsável pela composição da música “War”.

Infelizmente, assim como Tosh, ele também foi assassinado em sua casa na Jamaica em 17 de Abril de 1987.

Carly, como era conhecido, chegou em casa e mal entrando em seu jardim, foi recebido por um pistoleiro que não perdeu tempo, apontou uma arma em sua cabeça e disparou duas vezes, matando o músico na hora.

Sua esposa, Albertine, e um amante, foram considerados culpados pelo crime, receberam uma pena de 7 anos na prisão, mas cumpriram apenas um ano e conseguiram a liberdade.

 

Rhett Forrester

Rhett Forrester foi o vocalista da banda de hard rock Riot entre 1981 e 1984, além de ter construído uma carreira solo por onde lançou três discos de estúdio.

Diferente da maioria dos casos citados anteriormente, Forrester não foi vítima de conspirações, traições, vinganças ou coisas do tipo, mas sim da violência urbana.

Em 22 de Janeiro de 1994, aos 37 anos de idade, o cara foi surpreendido quando dirigia seu carro em Atlanta e assaltantes o abordaram para roubar o veículo. Rhett se recusou a entregá-lo, acabou baleado e morto.

O crime não foi resolvido e os assassinos nunca foram descobertos.

 

Don Myrick

Outro aspecto da violência urbana acabou levando a vida de Don Myrick, saxofonista que tocou com o Earth, Wind & Fire, Phil Collins e Carlos Santana.

Em 30 de Julho de 1993, um policial de Santa Monica, na Califórnia, fazia uma busca por drogas no local onde Myrick estava e, acredita-se que por despreparo, acabou confundindo um isqueiro na mão do músico com uma arma. Ele se assustou quando Don a retirou do bolso e acabou atirando em seu peito, matando o saxofonista.

Dois anos depois sua família recebeu uma indenização de 400 mil dólares pelo grave erro do policial.

 

Facundo Cabral

Facundo Cabral foi um cantor argentino de folk, que trazia mensagens de paz ao mundo (reconhecidas até mesmo pelas Nações Unidas) e fazia muito sucesso não só na Argentina, mas também em vários outros países latino americanos como o México e a Guatemala.

Foi nesse último país, inclusive, que ele foi morto.

Em 09 de Julho de 2011, ele estava indo do seu hotel para o aeroporto da Cidade da Guatemala, quando seu veículo foi abordado e recebeu vários tiros, sendo que oito atingiram Facundo.

O governo da Guatemala disse que foi um ataque planejado, e seu presidente, Álvaro Colom prometeu rigidez nas investigações, chegando a pedir desculpas oficiais para a presidente argentina Christina Kirchner.

Sua morte trouxe reações de milhares de fãs e de líderes da América Latina, como o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que disse que estava “chorando com a Argentina.”

Mesmo sendo considerado um “cantor de protesto”, Facundo não era o alvo da emboscada, que segundo as investigações teria como objetivo matar um promotor local, Henry Fariñas, que era também o dono de uma rede de casas noturnas para adultos.

 

Alicia Delgado

Outra cantora sul americana extremamente ligada com o povo era Alicia Delgado, peruana que ganhou o apelido de “A Princesa do Folcore”,

Em 24 de Junho de 2009, a cantora foi encontrada morta em seu apartamento em Lima, com diversas facadas e a suspeita de que seu assassino teria sido um homem chamado Pedro César Mamanchura Antúnez, o motorista de Delgado. Ele fugiu após a morte da artista mas foi encontrado um tempo depois e disse que quem o contratou para matá-la foi Albencia Meza, também cantor Peruano que tinha uma relação próxima com Delgado e chegou a morar na casa dela.

No final das contas, Meza foi condenado a 30 anos de prisão por sua morte.

 

Artur Gold

Artur Gold foi uma das milhões de pessoas que sofreram com o Nazismo.

Polonês e Judeu, o violinista tinha uma carreira de grandes feitos em seu país e fora dele, tendo participado de gravações com orquestras Inglesas e discos da Columbia Records.

Em 1939 quando a Polônia foi invadida por Alemães e Russos, Gold foi deportado para o campo de concentração de Treblinka, onde estima-se que 870 mil pessoas foram mortas. Lá, ele tocava música em um cassino utilizado pelos Alemães e em 1943 foi assassinado.

Não se sabe ao certo, mas especula-se que Gold tenha morrido em uma revolta dos prisioneiros realizada em 02 de Agosto de 1943, quando milhares deles se muniram de pequenas armas e colocaram fogo em várias construções do local.

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