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Resenha: <b>SOJA</b> no Recife (19/10/2012)

Um exército de <b>12 mil pessoas</b> esteve presente no Chevrolet Hall para conferir o show da turnê do novo álbum, <b><i>Strength to Survive</i></b>.

SOJA no Recife


(Fotos por Aline Mota)

SOJA arrastou um exército de 12 mil pessoas para o Chevrolet Hall pernambucano na noite de sexta, 19 de Outubro, quase dois anos após sua primeira passagem pela cidade. Dessa vez, a banda veio lançar o Strength to Survive, álbum mais recente. Antes, porém, os paulistas do Planta e Raiz conduziram muito bem um show de 50 minutos, como você pode conferir aqui.

Após o horário marcado, às 0h30, as luzes da casa se apagaram, o público vibrou, a cortina do palco se abriu e uma música instrumental começou a ser tocada. O início do show foi triunfal. Mal a banda tocou os primeiros acordes de “I Don’t Wanna Wait” e a plateia da casa veio abaixo e cantou em coro. O som estava excelente. Dava para ouvir muito bem baixo, guitarras, metais, bateria, teclado e percussão. “Decide You’re Gone” veio logo em seguida. As duas primeiras do disco de 2009, Born In Babylon.

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Mesmo com o palco bem ocupado, Bobby Lee e Rafael Rodriguez, baixista e trompetista, respectivamente, andavam bastante pelo palco, além de interagir com o público.

A música que dá nome ao novo disco foi a terceira da noite, “Strength to Survive”. A plateia cantou, mas o som da banda era mais alto. Mesmo assim, Jacob Hemphill, vocalista e guitarrista, chamou todos para acompanhá-lo. O nome da cidade, Recife, mesmo a casa de show sendo em Olinda, sempre era colcada entre um verso e outro das canções.

“Be Aware” veio logo em seguida. Essa é do Get Wiser, de 2006. O público acompanhou o baixista, que comandou essa com um vocal bem carregado. Todos os músicos se mostravam bem habilidosos naquilo que estavam fazendo, explorando cada um dos seus instrumentos nos solos. A música seguinte deu uma acalmada no local, “Rasta Courage”, do álbum de estreia do SOJA, o Peace in a Time of War, de 2002. Esta proporcionou um dos bons momentos da noite durante o solo de saxofone de Hellman Escorcia, ajudado pelo belo trabalho com as luzes do palco.

“Mentality”, “Faith Works” “Rest of My Life” foram tocadas praticamente juntas. Ao final da terceira deste bloco, Jacob agradeceu pela presença de todos e arriscou dizer que aquele era o maior show da turnê brasileira até o momento. Após isso, o músico pegou o violão para “When We Were Younger”, outra do disco novo.

Após “You Don’t Know Me”, as luzes do palco se apagaram. A equipe da banda começou a arrumar alguns instrumentos no meio dele. Dois membros da banda começaram a tocar um tamborim e uma concha. O instrumental lembrou, de leve, uma bateria de escola de samba. Quando os outros membros começaram a tocar, a referência ao ritmo brasileiro ficou muito mais evidente. Um dos músicos estava até com um apito, marcando a batucada. O público vibrou. Jacob entrou quase no final de tudo isso para fotografar banda e plateia.

“Let You Go” e “I’m Not Done Yet” também se fizeram presentes no setlist da noite, que mudou um pouco em relação ao do show de São Paulo. Quando a banda tocou “True Love”, outro momento de bastante emoção aconteceu. A plateia cantou junto enquanto Jacob cantava versos de “You Are So Beautiful”, dos Beach Boys e popular na voz de Joe Cocker. Inesquecível para os fãs.

Bobby Lee comandou mais uma vez o vocal em “To Whom It My Concern”. E sem intervalo, os membros partiram para a próxima canção. Uma instrumental. Essa foi uma loucura. Cada instrumentista correndo de um lado para outro do palco. Baquetas sendo jogadas e trocadas entre os músicos. Bobby agradeceu.

Finalizada a agitação da última canção, Jacob voltou para o palco e deu início a tranquila “You and Me”. Público cantou junto novamente. Destaque para o interlúdio. Ao final, Hemphill agradeceu muito. Falou demais. Disse que a banda pensou na cidade quando estava marcando a turnê brasileira e já avisou que vão voltar em 2013. Antes do bis, foi a vez de “Sorry”.

Minutos depois da banda deixar o palco, o vocalista voltou sozinho com um violão e começou a falar sobre como surgiu a canção que iria começar a cantar, “Everything Changes”, outra no álbum novo. Do meio para o fim, ele já estava sendo acompanhado pela banda completa e assim, finalizaram o show com “Tell Me” e “Here I Am”, com o exército cantando a plenos pulmões.

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