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Resenha: <B>Band Of Horses</b> - Mirage Rock

Banda parece ter ficado feliz com passagens recentes pelo Brasil e faz um disco mais empolgante e tão bom quanto seu último.

Band Of Horses - Mirage Rock

Band Of Horses - Mirage Rock

Declarações de bandas sobre seus álbuns meses antes de seu lançamento normalmente são levadas em consideração apenas para acalmar/acelerar ânimos de fãs e render matérias e posts para nós, imprensa, e acabam passando batidas depois que os discos são lançados.

Quando o Band Of Horses começou a falar de Mirage Rock, seu novo disco de estúdio, as declarações vieram em forma de empolgação e frases sobre como esse disco era mais alegre do que seu antecessor, o hiper bem sucedido Infinite Arms, de 2010. E foi exatamente isso que aconteceu.

A banda de Ben Bridwell e companhia, que ficou tão íntima do Brasil nos últimos meses, continua fazendo bom uso dos vocais suaves de seu líder aliados a melodias de indie rock, folk e toques de country, mas parece que tudo está mais feliz (será que foram as duas passagens pelo nosso país?).

Logo de cara, “Knock Knock” já deixa isso claro como uma faixa que é pegajosa e alegre ao mesmo tempo, que pode prender a atenção de fãs de Weezer e soa como uma versão mais feliz de “Dilly”, do último álbum da banda. “How To Live” segue uma linha parecida e interessantes versos alternados com as frases “Guess what, I lost my job” e “So what, you made a mistake” que acabam unindo a narrativa da canção.

“Slow Cruel Hands Of Time” é uma bela balada e antecede a mais pop “A Little Biblical”, que traz de volta o ritmo das duas primeiras canções mas logo é sucedida por “Shut-In Tourist”, outra balada.

Um ponto alto do disco é “Dumpster World”, uma música que te leva imediatamente para um bar de rock dos anos 60, te faz lembrar de nomes como Crosby, Stills Nash & Young e que de repente se torna um rock pesado com guitarras distorcidas e vocais que a transformam em uma faixa que poderia facilmente estar em um disco do Jimmy Eat World.

“Electric Music” também faz referências ao rockão clássico e começa uma sequência de música rápida/balada/música rápida que pode incomodar um pouco, com a belíssima “Everything’s Gonna Be Undone”, “Feud” e “Long Vows”.

Pra finalizar, “Heartbreak On The 101” é quase falada, evidencia os vocais de Bridwell e tem um quê de Lou Reed.

Mirage Rock é um disco feito por uma banda competente e que está feliz para experimentar com novos elementos e sons relacionados a suas maiores influências. Aparentemente a mudança de estado de espírito do grupo deixou alguns críticos descontentes, mas não esse que vos escreve.

Nota: 7,5/10