Então o mundo inteiro está de olho em Sandy, não a ilustre cantora brasileira irmã de Junior, mas sim no furacão que tem devastado a Costa Leste dos Estados Unidos e feito com que cidades como Nova York e Nova Jersey enfrentassem danos nunca vistos anteriormente em suas estruturas como o transporte público.
Pensando nisso, resolvemos criar uma lista com discos que foram desastrosos não apenas para a carreira dos artistas mas também para os ouvidos dos próprios fãs ou para a crítica.
Divirta-se, mas não chegue muito perto!
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The Clash – Cut The Crap (1985)
Cut The Crap foi lançado em 1985, foi o sucessor de Combat Rock de 1982 e veio após todas as turbulências que acabaram culminando no fim da banda em 1986.
Um dos grandes motivos para o fim foi a saída do guitarrista Mick Jones, que em Cut The Crap foi substituído por dois guitarristas, Nick Sheppard e Vince White, que não significaram aumento de qualidade no grupo.
Pelo contrário, o álbum traz músicas bizarras, cheias de sintetizadores, batidas, efeitos e experimentações que não deram certo.
O resultado foram críticas extremamente negativas e o álbum ficando de fora de coletâneas, caixas e materiais posteriores do grupo.
Queen – Hot Space (1982)
O Queen era uma banda associada ao rock’n’roll e não apenas um grupo qualquer, mas sim um dos mais importantes do planeta todo.
Em 1980 o single “Another One Bites The Dust” fez muito sucesso com um apelo um tanto quanto pop o que fez com que o novo disco da banda, Hot Space, lançado em 1982, fosse nessa direção e incorporasse dezenas de outros elementos da música pop, dance, eletrônica e disco.
Mesmo com uma música em homenagem a John Lennon e outra com participação de David Bowie, os fãs do grupo não gostaram nada do disco e críticos o consideraram seguro demais, já que nele a banda não arriscou, como era de costume.
KISS – Music From The Elder (1981)
Em 1981 o KISS lançou seu nono disco de estúdio e o sucessor de Unmasked não foi nada bem.
Music From The Elder foi um verdadeiro desastre que ocasionou uma bola de neve na banda. O disco vendeu pouco e aí shows foram cancelados, fazendo com que pela primeira vez na história do grupo, uma turnê de divulgação de um álbum não fosse feita.
Além disso, praticamente nenhuma música do álbum foi tocada novamente em shows dos roqueiros e depois desse álbum o guitarrista Ace Frehley deixou o grupo.
Só pra se ter uma ideia, a Pitchfork deu nota zero ao álbum em sua resenha.
Metallica & Lou Reed – Lulu (2011)
A ideia parecia boa. Dois grandes nomes do Rock se uniram para um disco cheio de conceito baseado em peças de teatro do Alemão Frank Wedekind.
O problema é que Lulu , o disco do Metallica com Lou Reed deixou os fãs de um com raiva do outro e aí só sobrou o público em geral, que também não gostou nem um pouco do álbum.
Como resultado vieram declarações dos dois lados dizendo que estavam surpresos com a reação negativa do público, baixas vendas e resenhas desfavoráveis vindas de todos os cantos.
Bob Dylan / Grateful Dead – Dylan & The Dead (1989)
Outra parceria e outro fracasso.
Dylan & The Dead é um disco ao vivo de Bob Dylan com o Grateful Dead que, verdade seja dita, vendeu muitas cópias, mas foi extremamente mal recebido pela crítica.
A Allmusic, por exemplo, deu apenas uma estrela de cinco possíveis e disse que é o pior álbum de cada um dos grupos, além da Rolling Stone questionar como as pessoas tinham gostado de ir à turnê que trazia Dylan no vocal e o Dead como “banda de apoio”.
Há quem goste muito do disco pelo registro histórico de uma reunião desse porte, mas o álbum normalmene traz uma relação de amor e ódio às pessoas.
Gene Simmons – Asshole (2004)
Bob Dylan está de volta na lista e o KISS também.
Gene Simmons, membro lendário do KISS, lançou um álbum solo em 2004 chamado Asshole e nele está presente “Waiting For The Morning Light”, escrita em parceria com Dylan, além de outra canção em parceria com Frank Zappa.
Pra finalizar o reino das parcerias, Dave Navarro toca guitarra em “Firestarter”, cover do Prodigy.
Mesmo com toda essa boa companhia, o álbum não conseguiu emplacar, teve críticas pobres e não agradou muito os fãs de KISS.
O clipe para “Firestarter” também não ajuda muito…
Van Halen – Van Halen III (1998)
Esse já começa mal pela capa né?
Van Halen III foi lançado em 1998 e é o único álbum da banda com o vocalista Guy Cherone, do Extreme.
Com muito trabalho árduo e suado para conseguir emplacar hits como “Fire In The Hole”, que foi trilha sonora do filme Máquina Mortífera IV, o álbum recebeu críticas extremamente negativas e não foi bem recebido pelos fãs da banda, além de acarretar na saída do então vocalista do grupo.
Pra piorar, seis anos depois foi lançada uma coletânea do grupo chamada The Best Of Both Worlds, que não tem nenhuma música de Van Halen III.
AC/DC – Fly On The Wall (1985)
Em 1985 o AC/DC já era uma das maiores bandas do planeta quando lançou seu décimo disco de estúdio, Fly On The Wall.
O álbum, produzido por Angus Young e Malcolm Young, traz um som mais limpo do que os álbuns anteriores e praticamente nenhum hit que marcou a carreira da banda, apesar de ter vendido mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo, o que era pouco se comparado a discos anteriores do grupo.
A Allmusic deu duas estrelas de cinco possíveis e a Rolling Stone apenas duas e meia.
Chris Cornell – Scream (2009)
Ok, a carreira solo de Chris Cornell, líder do Soundgarden, nunca foi lá grande coisa, mas Scream de 2009 não dá pra entender.
O cara se aliou a nomes como Timbaland e Justin Timberlake e lançou um álbum de música pop que acabou recebendo o ódio dos fãs roqueiros e não agradou ninguém do mainstream.
No Metacritic, site que agrega resenhas de várias fontes diferentes, o álbum ganhou uma nota média de 42/100, bastante desfavorável.
Oasis – Be Here Now (1997)
Be Here Now é o terceiro disco de estúdio do Oasis, foi lançado em 1997 e traz algumas boas faixas como “Stand By Me” e “Don’t Go Away”.
Acontece que o disco como um todo, desde sua concepção, é um verdadeiro desastre.
O produtor do álbum, Owen Morris, chegou a dar uma declaração onde atestou que o único motivo pelo qual a banda fez o disco foi dinheiro, já que “Noel decidiu que Liam era um péssimo vocalista e Liam decidiu que odiava as músicas de Noel”, além de tudo girar em torno de drogas, brigas, vibrações negativas e gravações terríveis.
Nessa época, os integrantes da banda já se consideravam maiores que Deus e tudo isso influenciou para que o clima ficasse muito ruim.
Teve gente que chegou a dizer que todo o movimento britpop chegou ao fim com o lançamento desse álbum e a tradicional revista Melody Maker chegou a reportar que o álbum era o mais vendido para lojas de discos usados em todo o Reino Unido.
Em entrevista recente, Noel Gallagher disse que não queria se apressar em seu próximo disco solo pois não gostaria de “fazer outro Be Here Now”.
Neil Young – Trans (1982)
Esse já apareceu em nossa lista de 16 fiascos do Rock, mas merece voltar aqui.
Neil Young, conhecido por seu folk e rock and roll elogiados durante uma carreira bastante sólida, decidiu lançar um disco de música eletrônica em 1982 chamado Trans.
No álbum, Young abusa de elementos eletrônicos e do Vocoder, e acabou recebendo críticas que em sua maioria classificaram o álbum como algo bem abaixo da média, apesar de um certo status cult anos depois com covers de bandas como Sonic Youth.
No lado positivo, a capa do álbum foi uma das primeiras da história feitas em um computador, utilizando um Apple Macintosh II.
No Doubt – No Doubt (1992)
Como todos sabemos, o No Doubt acabou tornando-se uma das grandes bandas de rock dos anos 90 e 2000, mas o começo da carreira do grupo liderado por Gwen Stefani não foi lá muito promissor.
O disco de estreia da banda, homônimo, de 1992, trazia muito ska, uma das principais influências do grupo na época,e também new wave, e os ritmos sempre alegres e divertidos não estavam “na moda” na época, quando as rádios eram dominadas por bandas grunge.
Pra se ter uma ideia do nível da indiferença quanto à banda e ao estilo, um diretor da KROQ, uma das maiores rádios dos EUA, disse que seria necessário um “ato divino” para fazer com que o No Doubt tocasse no rádio.
A gravadora do grupo na época, Interscope, não gostou nada do fato de No Doubt ter vendido apenas 30 mil cópias (pouquíssimo para a época) e não apoiou muito a divulgação do mesmo, o que fez com que a banda fosse trabalhar “por conta própria” em seu sucessor, o disco The Beacon Street Collection.
O álbum teve uma recepção muito melhor que o primeiro disco, deixou a gravadora impressionada, e fez com que ela desse apoio total para o próximo álbum da banda, Tragic Kingdom, um dos mais interessantes discos de estúdio da história moderna do rock.