Quando o Weezer lançou o álbum de estreia homônimo – que viria a se popularizar como The Blue Album nos anos seguintes – em 1994, o rock mainstream estava em um momento confuso. O grunge desacelerava e o revival do punk rock começava a ganhar força popular – embalado pelo lançamento de Dookie, do Green Day – mas ainda era cedo para prever seu impacto.
O Weezer era pesado demais para ser indie, indie demais para ser punk, e pop demais para cair nas graças dos órfãos do grunge. Mas de algum jeito misterioso, quatro nerds californianos juntaram tudo isso e lançaram um dos discos mais celebrados dos últimos 20 anos, e o mais interessante: por fãs de todos os estilos citados acima.
The Blue Album chegou às rádios e à MTV (saudosismo alert on: bons tempos…) com “Buddy Holly”, “Say It Ain’t So” e “Undone (The Sweater Song)”, mas para quem nunca dispensou ouvir um álbum desde o início, poucas faixas marcaram tanto quanto “My Name Is Jonas”. A breve introdução no violão intriga, até que Rivers Cuomo canta a frase que dá nome à faixa e dá a deixa para a explosão de guitarras que marca os primeiros segundos do álbum.
Após uma série de bons trabalhos, o Weezer lançou álbuns irregulares, e mesmo boas inclusões como Weezer (2008), e The Red Album, não tiveram o impacto de antes. É graças às portas abertas por The Blue Album e “My Name Is Jonas” que o grupo permanece entre as melhores bandas que os anos 90 nos deram.