Parcerias são como o futebol: uma caixa de surpresas.
Ok, a introdução não foi das mais inspiradas, mas o fato é que durante boa parte da história da música alguns artistas viram que poderiam se juntar a outros para criar grandes obras e atingir tanto as bases de fãs dos dois quanto novos públicos.
Logo abaixo listamos 17 dessas parcerias que deram muito certo para que você conheça e/ou se lembre de músicas marcantes feitas em conjunto.
Divirta-se!
Dave Grohl & Queens Of The Stone Age
Em 2002 o Queens Of The Stone Age estava longe de ser uma banda nova, pois já contava com dois discos de estúdio na bagagem, incluindo o elogiado Rated R e uma legião de fãs de stoner rock pelo mundo todo, tanto que vieram ao Rock In Rio de 2001, onde tocaram ao lado de uma certa banda chamada Foo Fighters.
Essa banda tinha Dave Grohl como líder e estava começando a passar por alguns problemas internos, como pôde ser visto no documentário oficial Back And Forth.
Como uma espécie de válvula de escape, Grohl voltou a tocar bateria e isso aconteceu justamente no então novo disco do QOTSA, o aclamado Songs For The Deaf, sucesso de público e crítica e considerado um dos melhores discos dos anos 2000.
Com Dave Grohl, o Queens alcançou um público maior e ganhou um status diferente, além de todos os holofotes apontados para si, já que ali estava o ex-baterista do Nirvana.
A parceria deu muito certo para os dois lados, permitiu que o Queens crescesse, que Dave Grohl relaxasse e voltasse para o Foo Fighters e que uma nova parceria, anunciada recentemente, tenha se firmado para o próximo álbum da banda, que já ganhou a condição de disco mais esperado de 2013 por causa de anúncios como esses.
The Mars Volta & Flea & Frusciante
O primeiro disco do Mars Volta, banda de rock progressivo formada a partir do fim do At The Drive-In pelo vocalista Cedric Bixler-Zavala e o guitarrista Omar Rodriguez-Lopez, foi lançado em 2003 e é até hoje o disco de maior sucesso comercial e de crítica da banda.
Também pudera.
Além do evidente talento da dupla Cedric/Omar, De-Loused In The Comatorium foi co-produzido por Rodriguez-Lopez e pelo guru Rick Rubin e traz as participações mais do que especiais de Flea e John Frusciante, músicos reconhecidamente talentosos que têm seus nomes ligados ao Red Hot Chili Peppers.
Enquanto Flea gravou todos os baixos do disco, exceto na balada “Televators”, Frusciante emprestou seus dons em guitarras adicionais no álbum.
O disco foi eleito o melhor daquele ano por diversos veículos especializados e já entrou em algumas listas de melhores álbuns de todos os tempos por aí.
A parceria com Frusciante deu tão certo que ele gravou guitarras em todos os álbuns da banda até Noctourniquet, lançado esse ano, que não tem sua colaboração.
Aerosmith & Run-D.M.C.
“Walk This Way” é uma música do Aerosmith que foi lançada em 1975 no disco Toys In The Attic.
Acontece que em 1986 os rapper do Run-D.M.C. resolveram regravar o som para o elogiadíssimo álbum Raising Hell e convidaram o vocalista Steven Tyler e o guitarrista Joe Perry para participarem da nova versão da música.
O resultado foi um hit instantâneo, que ganhou um videoclipe emblemático e tornou-se uma espécie de “marco” na história do rap-rock, estilo que começou a tomar corpo nessa época.
Trilha sonora do filme “Judgement Night”
O gênero rap-rock, que ficou conhecidíssimo devido à parceria logo acima, ganhou outro sopro de ar quando em 1993 foi lançada a trilha sonora para o filme Judgement Night e todas as 11 faixas dele são parcerias de bandas de rock com artistas de hip hop.
O álbum chegou à posição de número 17 na parada da Billboard, ganhou 4 estrelas de 5 possíveis em resenha da Rolling Stone e ainda foi responsável por quatro singles com alto número de execuções em rádios e programas de televisão.
https://www.youtube.com/watch?v=xRkpOdRbbsc
Raimundos & Érika Martins
Érika Martins era a vocalista da banda Penélope e a dona da doce voz utilizada em “A Mais Pedida”, do Raimundos, que pedia de forma sutil para que o “seu locutor” tocasse a música da banda na rádio caso contrário “quebraria o seu nariz”.
A parte da música que Érika canta tornou-se marcante por toda a carreira do grupo.
Queen & David Bowie
Em 1982 o Queen lançou um disco chamado Hot Space, que trouxe uma mudança brusca no som da banda, orientado mais ao pop do que ao rock e que acabou não agradando público nem crítica.
Há, porém, uma música nesse disco que tornou-se um dos pontos altos das carreiras de Queen e de David Bowie.
Tal música é “Under Pressure”, resultado da parceria entre os dois gigantes e som que chegou ao topo das paradas do Reino Unido e apareceu em coletâneas de “best of” dos dois lados.
Thom Yorke & Bjork
Em 2000, Bjork lançou o disco Selmasongs, que serviu como trilha sonora para o filme Dançando no Escuro, onde ela também atua como a personagem Selma.
No álbum está uma música chamada “I’Ve Seen It All”, onde a Islandesa canta com Thom Yorke, líder do Radiohead. A letra da canção foi composta pela moça com a ajuda de Sjón e Lars Von Trier.
A música agradou tanto que foi indicada inclusive para o Oscar, na categoria de Melhor Canção Original.
The Black Keys & Artistas de Hip-hop e R&B
Em 2009 o Black Keys estava começando a ter toda a popularidade que tem hoje, e resolveu lançar um projeto ousado chamado Blakroc.
No disco, a banda gravou 11 músicas ao lado de nomes do hip hop e R&B como Ludacris, RZA, Raekwon e Nicole Wray.
A banda não se preocupou com o risco de ser criticada por fãs e de fazer um álbum que não agradaria nenhuma das duas vertentes de público e acabou se dando muito bem, com resenhas bastante favoráveis a respeito do trabalho e um single com Mos Def e Jim Jones que está entre os sons mais interessantes daquele ano.
Ella Fitzgerald & Louis Armstrong
Ella Fitzgerald e Louis Armstrong eram dois grandes talentos do jazz e em 1956 resolveram lançar um disco juntos apropriadamente chamado Ella And Louis.
O disco deu tão certo e foi tão bem recebido por público e crítica que a dupla se empolgou e lançou mais dois álbuns colaborativos, Ella And Louis Again, de 1957 e Porgy And Bess, lançado no mesmo ano e contando com uma releitura da ópera de mesmo nome lançada por George e Ira Gershwin em 1935.
Esse último álbum rendeu à dupla um prêmio Grammy especial, na categoria “Hall Da Fama”, que premia gravações com no mínimo 25 anos de história e que tenham causado impacto histórico no mundo da música. Juntos, os dois possuem 25 prêmios Grammy e Armstrong entrou para o Hall da Fama do Rock And Roll, dada sua importância para o nascimento e desenvolvimento do estilo.
Guns N’ Roses & Elton John
No MTV Video Music Awards de 1992, o Guns N’ Roses se uniu a ninguém menos que Sir Elton John para tocar o mega hit de quase 10 minutos de duração “November Rain”.
O resultado foi histórico.
David Bowie & Nine Inch Nails
Entre 1995 e 1996 rolou a “Outside Tour”, uma turnê conjunta com ninguém menos que David Bowie e o Nine Inch Nails.
Foram 68 shows que não apenas traziam performances dos dois artistas mas também uma colaboração entre cada um dos shows que rolava com Bowie cantando três de suas músicas e outras duas do NIN, normalmente “Reptile” e “Hurt”, que seria imortalizada em 2002 por Johnny Cash.
Pop Disaster Tour
E foi justamente em 2002 que rolou a “Pop Disaster Tour”, que contou com 47 shows de Green Day e blink-182 em uma viagem que deu muito certo, pelo menos para os fãs.
Na época, o blink era a grande banda de pop-punk do mainstream, lugar que o trio verde havia ocupado nos anos 90. Fãs das duas bandas ficaram extremamente felizes com o anúncio das datas, já que muitos gostavam das duas bandas.
No final das contas, rolaram shows cheios de energia e festa por parte do Green Day e de efeitos especiais por parte do blink-182 mas declarações e histórias contam que havia um clima de rivalidade entre as duas bandas, já que Billie Joe Armstrong e companhia teriam “mostrado quem manda” no reino do pop-punk com seus shows da turnê.
Michael Jackson & Eddie Van Halen
Um dos sons mais conhecidos da história do Pop é de um dos grandes guitarristas da história do Rock.
“Beat It” foi lançada no clássico álbum Thriller, de Michael Jackson, que recrutou ninguém menos que Eddie Van Halen para gravar o riff de guitarra que tornou a música uma das marcas registradas do cantor.
Neil Young & Pearl Jam
“Rockin’ In The Free World” é uma música do disco Freedom, lançado por Neil Young em 1989.
Quatro anos depois, em 1993, o lendário músico tocou a canção ao lado dos caras do Pearl Jam no MTV Video Music Awards daquele ano, e desde então a música tornou-se uma marca registrada de shows da banda de Seattle.
A performance, histórica, pode ser vista logo abaixo.
David Bowie & Mick Jagger
“Dancing In The Street” é uma das músicas mais marcantes da Motown e foi escrita por Marvin Gaye, William “Mickey” Stevenson e Ivy Jo Hunter.
Em 1985, como forma de divulgar o evento beneficente Live Aid, dois dos músicos mais importantes da época se uniram para uma versão da música que ganhou até videoclipe.
David Bowie e Mick Jagger, dos Rolling Stones, uniram forças e foram parar no topo das paradas britânicas por quatro semanas.
Vale lembrar que essa parceria dos dois já vinha de alguns anos antes, mas em um campo um tanto quanto mais pessoal.
Maroon 5 & Christina Aguilera
Goste ou não de música pop, você deve admitir que “Moves Like Jagger”, música do Maroon 5 com a participação de Christina Aguilera tem vários méritos.
A canção, extremamente dançante, presta uma homenagem às habilidades inegáveis e toda a ginga de Mick Jagger, que vimos logo acima. Além disso, traz uma sintonia bastante interessante entre os vocais de Adam Levine, vocalista do Maroon 5, e Aguilera, que juntos voltaram ao topo das paradas, o que não acontecia para o primeiro desde 2007 e para a segunda desde 2008.
Por fim, a música foi parar em praticamente todas as baladas do mundo e tornou-se um ícone da música pop mais recente, alavancando as vendas do disco Hands All Over, lançado pelo Maroon 5 em 2010.
Nick Cave & Kylie Minogue
Em 1996 o cantor Nick Cave lançou junto com seus Bad Seeds o disco Murder Ballads, que traz baladas sobre crimes passionais, um estilo de música que leva o mesmo nome do álbum.
Uma das faixas do disco, chamado de o melhor trabalho da carreira de Cave até então pela Rolling Stone, é “Where The Wild Roses Grow”, que traz uma improvável parceria com a cantora pop Kylie Minogue que acabou tornando-se uma das marcas registradas do álbum.
O single tornou-se o mais bem sucedido da banda no mundo todo e esse ano Minogue resolveu incluir a canção no disco The Abbey Road Sessions, que traz novas versões de canções que ela interpretou durante a carreira. A releitura da música também conta com os vocais de Cave.
15 parcerias que não deram certo
Gostou?
Agora veja o outro lado da moeda em nossa lista com 15 parcerias que não deram certo.