Entrevistas

<b>Ozzy Osbourne</b> abre o jogo em nova entrevista

O vocalista do <b>Black Sabbath</b> falou sobre a banda, cocaína, o medo de ser assassinado e mais alguns assuntos.

Ozzy Osbourne

Ozzy Osbourne concedeu uma entrevista ao In The Studioonde decidiu abrir o jogo sobre diversos assuntos. O frontman do Black Sabbath revelou detalhes sobre conflitos com a banda e problemas com a cocaína:

O que aconteceu comigo e o Black Sabbath foi aquilo, no começo todos nós tínhamos um propósito, mas aquela coisa chamada ego nos acompanhou de forma inevitável… O fato é que o sucesso muda você. Quando você está faminto, você tem apenas uma meta, e quer obter sucesso nisso. Isto me afetou. Eu não dei a mínima. Eu estava cheio de cocaína e todo o resto de porcaria que eu costumava usar. Aquela coisa faz você falar tudo que é tipo de besteira. Não deveria haver problema no mundo, porque nós resolveríamos (ou pensávamos que iríamos resolver) tudo em um banheiro de hotel com uma bolsa cheia daquele pó branco.

Ter um carro, voar de primeira classe, fazer todas essas coisas emocionantes. Era como um sonho tornando-se realidade.  Foi um sonho realizado. O início do sucesso é muito divertido. Os dois primeiros álbuns do Sabbath foram ótimos para nós, pois era tudo muito novo. E então, de repente, tudo torna-se muito sério, pois as pessoas começam a dizer o que você deve ou não fazer.

Na entrevista, Ozzy também falou do medo em ser assassinado: “Desde que John Lennon foi assassinado, eu sempre tenho medo de que alguém possa surtar, sabe.”

Entre tantos assuntos, o músico também falou sobre a imagem que as pessoas têm dele:

As pessoas me levam muito a sério. Digo, eu já cantei sobre coisas obscuras, mas eu também já escrevi músicas sobre muitas outras coisas, de poluição à política passando por pobreza, felicidade e garotos conhecendo garotas. Mas as pessoas pensam: “Oh, Ozzy Osbourne. Ele morde as cabeças de várias coisas e cospe fora”. O que quero dizer é que, quando você acha que conhece Ozzy Osbourne, você está vendo apenas a superfície, pois eu mesmo não sei quem é Ozzy Osbourne. Muitas vezes eu me surpreendo, sabe?

Ozzy também falou sobre os conflitos com fanáticos religiosos:

Eu tentei enfrentar algumas dessas possas evangélicas que me colocam para baixo, mas tenho a impressão de ser como bater sua cabeça contra uma parede de tijolos, pois eles já fizeram a mente das pessoas e você não pode movê-los, e eu não quero me envolver… Eu oriento claramente porque eu não sou um fanático religioso, apesar de ser cristão. Eu não sou um político. Eu acho que todos os políticos deveriam pegar guitarras de rock and roll e fazer as pessoas sorrirem. É sempre este escândalo.

Finalizando a entrevista, o cantor falou sobre a sua batalha contra o vício:

Eu não sou uma má pessoa melhorando, sou uma pessoa doente que está melhorando. A dependência do álcool e da droga é uma doença assassina, você sabe. Eu fui para duas reabilitações e depois eu precisei ir novamente. E depois eu parei de novo e depois eu comecei. Eu aceitei que tenho problemas com álcool e drogas. Isso é um grande trampolim, você sabe. Eu sou um homem muito sortudo que ainda está vivo e sou muito sortudo por ainda poder colocar duas palavras juntas.

Ozzy está se dedicando a gravação do novo álbum do Black Sabbath, que deve ser lançado no ano que vem. Além disso, a banda tocará em Maio no Ozzfest Japão

Fonte: SPIN