Som de Cinema #2: <b>Quentin Tarantino</b> (pt.2)

A sangrenta jornada pelas trilha do Tarantino chega ao fim... Até ele lançar o próximo filme, pelo menos.

quentin tarantino

Matamos muita gente para chegar aqui, mas quando chegarmos ao nosso destino. Nós vamos matar o Bill… OH WAIT.

Tá bom, mataremos o Bill. Mas essa semana na Som de Cinema, a coluna semanal sobre música e cinema no TMDQA, continua sua sangrenta jornada pelas trilhas sonoras dos filmes de Tarantino. Aqui você pode conferir de “Cães de Aluguel” até “Kill Bill – Volume 1”.

Kill Bill – Volume 2

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Uma coisa bacana de Kill Bill é que não existe spoiler. Você sabe bem o que vai acontecer: ela vai matar o Bill. O que é importante no filme é como Beatrix Kiddo chegará ao seu objetivo. Quanto mais ela se aproxima de seu objeto de vingança, mais parece que o filme tenta te oprimir. As lutas são mais próximas, mais cruéis e tudo parece muito mais pesado do que no primeiro filme.

A trilha desse filme foi escolhida por Robert Rodriguez, parceiro de longa data do Tarantino, para retribuir o amigo que dirigiu uma sequência no seu Sin City. As escolhas de Rodriguez criam um clima mais árido, mais sombrio. Tanto pelas músicas do próprio, quanto músicas do Johnny Cash e do Ennio Morricone. Mas a música mais marcante é a final (“Goodnight Moon”, do Shivaree), que surge quase como um alivio, de trabalho cumprido.

À Prova de Morte

Grind House (Death Proof)

À Prova de Morte deve ser pensado de dois modos: como foi planejado inicialmente, como parte do projeto “Grindhouse”, junto do Robert Rodriguez e como um filme sozinho, como foi lançado pelo mundo.

“Grindhouse” era um projeto para emular sessões de filmes B dos anos 70, com sangue, monstros e mulheres do modo mais apelativo possível. O filme do Tarantino, ao ser visto com o do Rodriguez fica menos sério e mais cômico, pela experiência mesmo. Mas À prova de morte, sozinho, é um filme com cenas de altíssima tensão, para contar a história de um dublê psicopata que usa seu carro como arma na perseguição de um grupo de mulheres.

A trilha é completamente aleatória, talvez pra alimentar a lenda que Tarantino teria um jukebox com vários discos raros e que seria de lá que todas as músicas saíam. O destaque da trilha é “Down to Mexico” do The Coasters, que embala uma bela lap dance.

Bastardos Inglórios

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Um dos melhores filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, Bastardos Inglórios desvirtua toda a história para  falar sobre uma tropa de elite formada por judeus com um único objetivo: matar nazistas. E de um modo cruel. Mas nada nesse filme supera a atuação espetacular de Christoph Waltz como o coronel nazista Hans Landa. Ele rouba a cena toda vez que aparece no filme. Nem preciso falar que ele está nas melhores cenas.

A trilha sonora é bem clássica, mais próxima ao tema do filme, e uma das poucas que fogem disso é “Cat People”, do David Bowie, na cena abaixo.

Django Livre

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Uma jornada de vingança, confere. Com violência estilizada, confere. E um roteiro esperto – apesar de não estar tão genial dessa vez – , também confere. Parece que pegaram todos os clichês do Tarantino e colocaram em um filme só. E isso não é ruim. Django Livre é um filme divertidissimo, que dá uma mexida forte e reanima o Western. Sally Menke, montadora de todos os filmes do Tarantino que faleceu em 2010, faz uma falta visível ao não sentirmos aquele ritmo que estamos acostumados.  Destaque – novamente – para Christoph Waltz, que rouba a cena.

A trilha reúne soul, funk e hip hop com temas clássicos do western spaghetti e é uma das mais legais já feitas pelo Tarantino. Dou meu destaque para um dos momentos mais nigga dos últimos anos: um mash-up de Tupac com James Brown.

Meus filmes favoritos dele são “Cães de Aluguel” e “Bastardos Inglórios” e das trilhas, “Pulp Fiction” e “Django”. E aí, quais são seus filmes e trilhas favoritas do Tarantino?

Semana que vem falarei aqui do “O Lado bom da vida” e “Os Miseráveis“, dois filmes que concorrem ao Oscar que já está batendo aí na porta.

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Mais? Daniel Corrêa edita o site de Cinema Ovo de Fantasma também.