Resenha e fotos: <b>Dinosaur Jr.</b> em Londres (04/02/13)

Resenha e fotos por Thanira Rates

Bandas que se reúnem para reviver os dias de glória não tem nada de especial hoje em dia, no entanto é preciso uma certa experiência e conexão entre os companheiros de banda para criar música significativa. Após 29 anos e 10 álbuns lançados, o Dinosaur Jr. ainda tem como assinatura e como destaque o som da guitarra de J Mascis.

Fazendo parte das bandas escolhidas para o NME Awards Show, o show com ingressos esgotados no Electric Ballroom, local com capacidade para 1.100 pessoas, foi de uma mistura de hits de sucesso de seus álbuns anteriores e o mais recente, I Bet On Sky, lançado no ano passado. A banda tocou 16 músicas, como de costume, incluindo as duas do bis. Começaram o repertório com “The Lung“, do icônico álbum de 1987, You’re Living All Over Me, seguido de “Budge“, do terceiro álbum, Bug.

J Mascis, uma especie de sósia de Saruman, com o seu lendário “cabelo de neve”, estava quieto e na dele durante a apresentação toda, cercado por uma parede de amplificadores, e concentrando-se apenas para tocar seus surpreendentes e complexos riffs de guitarra, enquanto o baixista Lou Barlow fez toda a interação com o público. Barlow apresentou a música “Training Ground” de sua primeira banda com J, Deep Wound, onde o suado e “nervoso” baterista Murph, tocou bateria freneticamente.

O clima geral da apresentação da banda foi descontraído e em “Watch The Corners” dava-se pra sentir uma vibe psicodélica vinda da audiência, que foi na maioria do tempo tranquila, exceto quando foram tocados os hits do final dos anos 80 e início dos anos 90, “Feel The Pain” e a raramente tocada nos shows “The Wagon“, e então se via um ou outro fazendo crowdsurf e cantando junto com a banda, como adolescentes entusiasmados.

Eles terminaram o show com a previsível, embora sempre infalível “Just Like Heaven“, cover do The Cure, e com “Sludgefeast”. Depois de quase três décadas de melodias intensas e som de guitarra único, “I bet on sky”, Dinosaur Jr. ainda vive.