<b>Resenha</b>, <b>fotos</b> e <b>vídeo</b>: Alain Johannes em Londres (17/02/13)

Conhecido por trabalhos com <b>QOTSA</b> e <b>Soundgarden</b>, o artista fez show intimista para apenas 100 pessoas, incluindo <b>PJ Harvey</b>.

Alain Johannes: Show intimista em Londres

Texto por Stella Bruk
Fotos por Thanira Rates

Em um show intimista para apenas 100 pessoas no The Islington, o músico e produtor Alain Johannes levou um pedaço do deserto e do stoner rock para Londres, na noite de domingo, 17 de Fevereiro.
Conhecido internacionalmente por ter tocado em bandas como Eleven, Queens Of the Stone Age, The Desert Sessions, Mondo Generator, entre outras, o chileno aproveitou a passagem pela capital inglesa do Sound City – grupo do qual também fez parte – para reunir os amigos em um encontro. A convocação veio por meio de seu perfil no Twitter, na quinta-feira, 13 de Fevereiro, pedindo aos seus seguidores e simpatizantes a indicarem um local para a reunião.

Local reservado, convite feito por uma fan page no Facebook, e pronto, em menos de uma hora todos estavam ansiosos aguardando pelo encontro no The Islington, local aconchegante com o simpático staff recepcionando as pessoas na porta. Circulando pela casa, Alain ia cumprimentando os amigos, tomando uma cerveja, fumando um cigarro do lado de fora e colocando a conversa em dia com todos os presentes.

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Num set list de 16 músicas, entre composições próprias e sucessos em outras bandas, Alain interagiu com os amigos presentes num clima de muita cumplicidade, arrancando risadas, gritos mais efusivos, ou tímidos pedidos de mais um, como da cantora PJ Harvey, presente quase que incógnita com sua doçura. Quando Johannes tocou “Making a Cross“, as pessoas que estavam perto de PJ se animaram pensando que ela subiria ao palco para uma canja de Desert Sessions, mas ela não estava ali para brilhar e sim para prestigiar o amigo.

O clima era de total descontração, com direito a errar a letra, a afinação do violão ou para pedir mais uma cerveja. Nesse clima descontraído, Alain chamou Jessy Greene, violinista conhecida por tocar com o Foo Fighters, para dividir o palco em “Spider” e “Hangin Tree“, a música mais ovacionada da noite. Outro componente do FF que estava presente era o tecladista Rami Jaffee, que acompanhava os amigos do fundo da plateia, se dizendo arrependido de não ter levado o seu teclado para participar da festa.

Mas a noite ainda prometia surpresas. Quase no final do show um amigo muito especial chegou atrasadíssimo. Chris Goss, o padrinho do stoner rock. Goss é o produtor de algumas das melhores bandas como Kyuss, Queens Of the Stone Age, Desert Sessions, Screaming Trees, Mark Lanegan Band, Fififf Teeners e Mondo Generator, para não mencionar suas próprias bandas: Masters of Reality e Goon Moon.

Goss recém havia chegado ao The Islington e foi logo sendo conduzido para uma canja. O palco ficou pequeno para a extrema qualidade de talentos: dois exímios produtores e musicistas. A surpresa da canja foi tanta que demorou um pouco para afinarem tantas cordas, Alain na cigarrete box e Goss no violão. Juntos executaram “100 Years“. Depois desta música, Johannes saiu do palco e deixou Goss comandar a noite com “Jody Sings“, “The Blue Garden” (tocada pela primeira vez num show acústico), “Alder Smoke Blues” e “Hey Diana“.

A última passagem de Alain Johannes pelo Brasil foi em 2011, durante o Festival SWU, ao lado de Chris Cornell. Na edição anterior do mesmo evento, em 2010, Johannes também marcou presença com um show solo.

Set list:

“Not on this Earth”
“Endless Eyes”
“Return to You”
“Speechless”
“Making a Cross” (The Desert Sessions)
“Holey Dime” (The Desert Sessions)
“Fall to Grace”
“Eyes to the Sky”
“Gentle Ghosts”
“Spider” (com Jessy)
“Make God Jealous”
“Why” (Eleven)
“Hangin’ Tree” (QOTSA com Jessy)

Bis:

“Unfinished Plan”
“If Love is”
“No, I know”
“100 Years” (com Goss)

Mais fotos (clique sobre a imagem para ampliá-la):

     

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