Música

<b>Som de Cinema</b> #7: <b>Oz</b> - Ontem, Hoje e o <b>Dark Side</b>

No dia da estréia de "Oz - Mágico e Poderoso", lembramos de uma das maiores lendas envolvendo cinema e música.

<b>Som de Cinema</b> #7: <b>Oz</b> - Ontem, Hoje e o <b>Dark Side</b>

Pegue o clássico “O Mágico de Oz”, de 1939. No terceiro rugido do leão da MGM, coloque o clássico “Dark side of the moon”,  para rodar. O resultado é surpreendente. A sincronia entre o filme e o disco é um dos mistérios mais legais do mundo do rock (e do cinema).

Os cortes, as viradas, as entradas e saídas dos personagens, a tensão ou os momentos de calma são criados pelas dinâmicas fantásticas do clássico absoluto do Pink Floyd. Segundo o que li na espertíssima fanpage do Torradas Tostadas, David Gilmour disse que “”um cara com muito tempo livre teve essa idéia”.  Talvez seja verdade, mas o resultado da junção – que você confere abaixo – conhecido por “Dark side of the rainbow” ou “Dark side of Oz” não é uma perda de tempo.

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40 anos depois do disco do Pink Floyd, temos a chance de revisitar a estrada de tijolos amarelos (que o Elton John disse adeus) em “Oz – Mágico e Poderoso” que chega aos cinemas nesta semana. Dirigido por Sam Raimi, o filme imagina as origens do mágico Oscar Diggs, interpretado por James Franco, desde sua vida como artista itinerante num circo no Kansas até sua chegada em Oz, com um furacão, assim como Dorothy no filme original.

Com uma direção falha e algumas cenas que parecem desnecessárias, o filme é visualmente impecável e traz uma atuação divertidíssima de Franco, que sempre teve uma cara de um conquistador canastrão e finalmente pode usá-la de um modo ótimo para o personagem, acrescentando profundidade ao personagem, com o coração e a coragem que o Espantalho e o Leão tanto queriam.

As belas mulheres que compõem o elenco são todas muito talentosas, mas estão tão ofuscadas pela bela atuação de James Franco que realmente não consigo determinar um destaque entre eles, mas nenhuma prejudica o resultado tanto quando a direção, principalmente em alguns movimentos de câmera e algumas tomadas que quebram a sensação de que aquele mundo mágico pode realmente ser real.

Destaque mesmo para Zach Braff, o ator – conhecido pela série Scrubs e pelo filme “Hora de Voltar” – faz o assistente do mágico na primeira parte do filme, no Kansas, e o macaco alado Finley na segunda, em Oz. Com uma química fantástica com Franco, ele traz as tiradas mais engraçadas do filme.

Mesmo com os defeitos que disse anteriormente, o filme é divertidíssimo e vale você sair de casa, pegar trânsito e pagar ingresso caro. A experiência de ver um mundo preto e branco, cheio de defeitos, se tornar uma realidade fantástica onde podemos ver os defeitos do mundo sobre outra ótica, caminhando sobre a estrada de tijolos amarelos.

Não existe um lugar além do arco-íris, nem Pink Floyd (pelo menos eu não tentei… será o “Wish You Were Here” dessa vez?), mas existe o sonho de ver o mundo com mais magia. De acreditar que as coisas podem ser bonitas, como se acreditou no passado.

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