<b>Resenha</b>: Paul Banks em São Paulo

UMA NOITE COM PAUL BANKS

No meio da garoa da quinta-feira, 14 de Março, lá para os lados da Sé, uma fila chamava a atenção de quem passasse na frente do Cine Jóia. Era uma turma que esperava a aparição de um ídolo tímido, recatado e intimista: um Paul Banks que apareceu um pouco diferente.

A banda de abertura, Hatchets

Às 23h14, o vocalista do Interpol subiu ao palco, um pouco depois da saída da banda de abertura escolhida pelo público, o Hatchets, e foi recebido com a simpatia brasileira já característica. “Unwind” veio cantada a plenos pulmões por um público que começou a encher a casa lá para as 22h30. Ninguém esperava que ele tocasse nada além de seu trabalho solo, mas dava para ouvir alguns cochichos dos fãs pelos corredores, clamando por músicas da banda. “Only if You Run” e “Arise, Away” se seguiram de um agradecimento em português e um sorriso, daqueles que só aparecem quando a satisfação não pode ser escondida.

Era daí para frente que não dava mais: os fãs que cantavam cada verso como se só houvessem aqueles em todo o mundo da música, fizeram Paul se soltar e sorrir durante todo o show. Antes de começar a tocar “Fly as You Might” ele parou, olhou para o público e disse: “You guys are awesome! Seriously!” e, é claro, foi aplaudido e ovacionado. Ao tocar “The Base” ele fechou os olhos, sentindo as vozes da plateia o acompanhando na música que abre seu segundo álbum solo. Sorria com uma tranquilidade visível e quase deixou a turma cantar sozinha, sabendo que aquele público faria bonito.