<B>Resenha</B> e <B>fotos</B>: Killing Joke em Londres (16/03/13)

Com 34 anos de carreira, a banda levou o punk do final dos anos 70 para Londres na casa de shows The Forum.

Killing Joke – 34 anos de punk

Resenha e fotos por Stella Bruk

Deixando de lado toda a treta ocorrida no ano passado, quando cancelaram uma turnê pela Inglaterra juntamente com as bandas The Cult e The Mission, o sumiço inexplicado de Jaz Coleman foi uma das explicações apresentadas para o cancelamento. Coleman, depois de um tempo, voltou explicando que estava  numa espécie de retiro no deserto do Saara, na África, para a finalização de um álbum solo e de um livro. Outro motivo levantado para o cancelamento fora uma declaração na página da banda no Facebook, constando que os integrantes não gostariam de sair em turnê com The Mission. Esta declaração foi deletada e explicada num pedido de desculpas que alguém da equipe escrevera sem autorização o tal impropério.

Enfim, depois de tantas confusões, a banda lançou no seu website em dezembro passado uma super deluxe Box: The Singles Collection 1979 -2012, 3 CDs comemorativos dos 33 anos da banda com 2CDs de singles e b-sides e um terceiro CD de raridades e faixas inéditas, além de um livro contendo fotos inéditas, um poster assinado por Mike Coles, e um curioso tubo alumínio de charuto contendo invólucros originais de cigarros e charutos fumados por Coleman e Paul Raven durante a gravação do álbum Hosannas From The Basements Of Hell (2006). Quem não conseguiu comprar no website da banda, tem que esperar o lançamento em 15 de Abril apenas da coletânea dos 3cds, que aqui na Inglaterra, custará a bagatela de £9,99 (cerca de R$25,67).

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Por enquanto, 16 shows estão marcados até Maio de 2013 da nova turnê mundial, “The Singles Collection”, e, no último sábado, 16 de Março, o Killing Joke trouxe o punk dos anos 80 para Londres na casa de shows The Forum.

A banda inglesa Hounds trouxe na abertura o eletro punk rock. Esta banda vem crescendo no cenário graças ao talento e uma declaração do The Prodigy que elogiou muito o som do grupo. A outra atração que abriu a noite foi o gaulês Jayce Lewis trazendo uma pegada e atitude mais roqueira. Ambos deixaram o publico aquecido para o tão aguardado show do Killing Joke.

 

Para uma banda com 34 anos de estrada, não foi tarefa fácil resumir em uma noite apenas 21 músicas. Eles abriram e fecharam a noite com canções do álbum Requiem, de 2009.

No auge dos seus 53 anos de idade, Coleman comandou o show com muitas caras e bocas, além de uns passos de “dança” que permeavam entre uma marcha militar e tai chi chuan.  Agradeceu pelos componentes da banda serem seus amigos há mais de 30 anos, que aquela parceria valia mais que tudo na vida. Relembrou que há 20 anos se apresentavam ali naquele mesmo local; perguntando para a plateia quem havia estado ali 20 anos atrás, poucas pessoas levantaram a mão.

O show correu solto, “Love Like Blood”, “The Beautiful Dead” e “This World Hell” iam fazendo o público se agitar em moshes. O a primeira parte do set terminou com “Asteroid”, “The Wait” e “Pandemonium”. As luzes se apagam e a galera começa a gritar por “mais um, queremos mais”. E a banda retornou para terminar a noite  explodindo com “Follow the Leaders”, “Tension”, “Change” e “Pssyche”.

No website da banda ainda não consta nenhum show no Brasil, mas como prometeram uma turnê mundial, o jeito é esperar.

Setlist:

“Requiem”
“Turn to Red”
“Wardance”
“European Super State”
“Love Like Blood”
“The Beautiful Dead”
“This World Hell”
“Empire Song”
“Chop-Chop”
“Sun Goes Down”
“Eighties”
“Corporate Elect”
“Money Is Not Our God”
“Whiteout”
“Asteroid”
“The Wait”
“Pandemonium”

Bis:

“Follow the Leaders”
“Tension”
“Change”
“Pssyche”

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