<b>Resenha</b>: Adam Green e Binki Shapiro

Adam Green e Binki Shapiro

Um é ex – Moldy Peaches e a outra é ex – Little Joy. Para começar a fazer qualquer analise a respeito, é justo reparar que ambas as bandas tiveram (e têm) grande representatividade no cenário indie mundial, cada uma em seu pedaço e em seu tempo. É por isso que Adam Green e Binki Shapiro, a dupla expoente dessas duas bandas, só poderia ser resultado de um mix disso tudo. E fez um bom trabalho.

Com baladas do começo ao fim, o álbum Adam Green e Binki Shapiro mostra que tanto Adam quanto Binki evoluíram musicalmente, num disco que fala de amor, de simplicidade e de ser feliz. Já na primeira faixa, “Here I Am” a dupla mostra que não é pecado acreditar em voltas e em recomeços e canta “Here I Am / Meet me as before / And more again / I won’t let / My endings keep me / From you again”.  Em “Just To Make Me Feel Good”, na sequencia, o clipe e a letra mostram uma serie de desencontros propositais, daqueles de casais apaixonados mesmo.

O romance é pregado em todo o disco, parecendo ter sido feito para garotas e garotos apaixonados. Chamam a atenção tanto a liberdade e segurança da voz de Adam, que sem a personalidade forte e a marca inconfundível da voz de Kimya Dawson consegue ser mais livre e, por consequência, exibir melhor seus talentos, quanto a voz doce de Binki que aparece mais do que em nenhuma canção do Little Joy. Essas evoluções ficam claras em músicas como “Plesantries” e “I Never Found Out” que claramente mostram que a harmonia das vozes desses dois fazem a diferença.

Ambos ganharam coragem e independência com a parceria. A força disso só poderia resultar num trabalho bonito de se ouvir, para se ter em casa quando se precisa de um doce. Não há outra palavra, é doce esse álbum. O único defeito mencionável é este: quando você acha que ainda tem mais, acabou.