Meus Discos Meus Amigos

Meus Discos, Meus Amigos com <b>Vivi Seixas</b>

A filha do Raulzito comenta sobre seu disco homenageando o pai, sobre discos que gosta e sobre ter mais discos que amigos.

Filha de Raul Seixas recria as músicas do pai em disco
Filha de Raul Seixas recria as músicas do pai em disco

Uma das mais respeitadas DJs de house do Brasil, Vivi Seixas está lançando um disco onde ela recria a obra de ninguém mais, ninguém menos que Raul Seixas, seu pai.

O divertido “Geração de Luz”, que está saindo pela Warner, é uma grande homenagem. Papeamos com Vivi por e-mail, falando sobre o desafio de recriar uma obra tão conhecida, sobre discos queridos e sobre ter mais discos que amigos.

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Qual o disco de vinil mais importante da sua coleção? 

Adoro todos os meus discos, mas meu xodó é um remix do produtor Mike Frugaletti (Selo Good Family) da musica “Nasty Girl” da Vanity 6, um trio feminino apadrinhado pelo grande Prince.

O que você acha da volta dos discos de vinil?

Acho que o vinil assim como os livros nunca vão sumir por total. Existem muito colecionadores e fanáticos por vinil que não deixaram morrer. Adoro o groove que o vinil tem, e o glamour que ele passa.


Qual foi seu primeiro disco (vinil/CD)?

Quando comecei a tocar House Music um amigo da cena me disse: “Vivi, se você quiser ser respeitada na cena House, tem que tocar de vinil”. E lá fui eu comprar meu primeiro disco de House na Galeria Ouro fino há 6 anos, chama-se “No More” do Alexander East ( Nova York) no selo Amenti Music.

“Geração de Luz” é um trabalho ousado, de recriação de obras muito conhecidas de seu pai junto de músicas nem tão conhecidas, o que pesou na escolha do repertório?

Nem todas as gravadoras guardavam as fitas de rolo originais de 2 polegadas com as gravações de seus artistas e sendo assim muitas músicas ficaram perdidas… sou muito fã das musicas Lado B do meu pai, acho que são tão lindas quanto as mais comerciais. Por isso inclui “ Super Heróis”, “ Conversa pra Boi Dormir” e “ Só pra variar” . Alem de incluir seus clássicos também.

Você já estava com as versões a capella há alguns anos. O que foi determinante para que você sentisse que era hora desse projeto?

Tive o convite da gravadora Warner para fazer essa homenagem ao meu pai. Como não sou produtora e sim DJ, contei com a ajuda indispensável dos produtores Mike Frugaletti, da Califórnia e o ganhador do Grammy Latino, Plinio Profeta. Fizemos o CD em menos de 3 meses. Fluiu! Foi super divertido e também emocionante para mim. Tenho certeza que ele está orgulhoso onde estiver.

Fãs de rock são um tanto puristas às vezes. Você teme a reação dos fãs do Raul?

Eu dava mais bola pra isso antigamente…. Mas sei que não vou agradar a todos, ninguém agrada. Tenho a certeza que o CD esta muito bem feito, alem disso fiz questão de manter suas letras intactas para que sua musica não deixa de passar as mensagens tao lindas e fortes do meu pai. Alem de tudo: Meu pai era o rei de misturar estilos, misturou o Rock com baião  porque não misturar Raul com o eletrônico?

Que bandas ou artistas tem ouvido ultimamente?

Tenho escutado muito “ Morphine” ultimamente, fui apresentada a essa banda pela minha mae Kika. Tambem gosto muito de Blues ! Herdei isso do meu pai. Lighting Hopkings, Muddy Waters e Eric Clapton com o disco “ From the Cradle”.

Você tem mais discos que amigos?

Tenho mais discos que amigos. rsrs

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