What About Now é o décimo segundo disco do Bon Jovi, que completa 30 anos de carreira em 2013.
A banda quis inovar nesse novo trabalho tendo as questões sociais como uma das principais temáticas, além de prometer um álbum mais rock do que os seus últimos lançamentos. Jon Bon Jovi e companhia cumpriram o prometido?
A primeira faixa do álbum, “Because We Can”, é uma canção que pode até soar como um hino, só que para uma banda na linha Maroon 5, talvez. Para uma música que abre o repertório do álbum, assim como single de divulgação, eles deixaram, e muito, a desejar logo de cara.
Dá para imaginar a promessa da banda em trazer um álbum mais rock, já que, desde Have A Nice Day, lançado em 2005, eles acabaram seguindo uma linha mais pop. Só que essa mistura entre os dois estilos continua evidente nesse trabalho. A música acima citada é apenas um exemplo claro disso.
Há músicas muito boas nesse álbum como “I’m With You”, que merece e muito se tornar single. É claro que a primeira balada de What About Now não chega nem perto dos pés de grandes clássicos da banda como “Always”, “Bed of Roses”, “I’ll Be There For You”, entre outras, ainda mais que, diferente dessas citadas, a segunda música desse trabalho não é uma balada de amor. Só que essa é uma das poucas faixas que mostra o quanto a banda tenta manter a sua essência, e, caso ela venha a se tornar single algum dia, tem tudo para ser o grande sucesso do álbum, desde que muito bem trabalhada.
Destaque também para a revolucionária “What About Now”, que dá nome do álbum, apesar da sonoridade ser bem idêntica a “Lost Highway”, do disco de mesmo nome de 2007, e ter realmente a cara da banda. “That’s What The Water Made Me” apesar de ter uma letra com refrão mais clichê possível, com certeza ao vivo deve ter uma energia única de fazer a platéia se animar, além de ter uma batida realmente mais rock.
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“What’s Left Me” traz a boa e velha combinação de rock e country que só o Bon Jovi consegue fazer. É uma das melhores do álbum com sua letra inteligente que faz uma crítica direta à crise econômica que os Estados Unidos enfrenta desde 2008. Outra música com uma letra sensacional é a patriota “Army of One”, mesmo tais acordes não fazendo tanto o estilo da banda.
Há também aquelas faixas que são totalmente desnecessárias que poderiam ter sido eliminadas para dar lugar a outras bem melhores. “Pictures of You” é a prova clara com suas batidas pop. Não teria feito falta se não tivesse sido escolhida para entrar no álbum. “Beautiful World” e sua pegada extremamente otimista chega a dar náuseas de tão insuportável de se ouvir. O mesmo para “Amen”, uma verdadeira balada para meninas adolescentes, que não é o foco de What About Now.
“Room At The End Of The World” podemos dizer que é uma balada que tenta chegar naquelas que consagrou a banda entre os anos 80 e 90, apesar da sonoridade mal se aproximar. Só que não podemos negar a tentativa deles com uma letra capaz de matar uma pessoa diabética de tão melosa que é, algo bem evidente em grandes clássicos dos caras.
E para encerrar, “The Fighter” é a cereja do bolo. Uma música mais leve, em clima mais acústico e que finaliza o trabalho como um todo dentro da premissa anunciada pela banda: de abordar questões sociais e da importância de não desistir jamais.
Bon Jovi teve a melhor das intenções em fazer um álbum marcante para os fãs, mas não sei se por questões da gravadora em forçá-los a gravar músicas mais comerciais, boa parte do disco deixou a desejar. Apesar de tudo, o álbum mostra que a banda tem pique e muito para fazer muita música ainda pela frente, independente de como as pessoas vão gostar ou não. Destaque para os vocais de Jon Bon Jovi, principalmente em “Thick As Thieves”.
Nota: 6/10
