Em entrevista exclusiva para a revista Rolling Stone Brasil, o vocalista do Black Sabbath, Ozzy Osbourne, falou sobre a polêmica gerada em torno do primeiro single do álbum 13, “God is Dead?”, lançado na última quinta-feira, 18 de Abril.
Inspirada nos conceitos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e escrita pelo baixista da banda Terry “Geezer” Butler, a letra é uma reflexão sobre a morte de Deus, ideia que nem chega a ter uma conclusão na música.
De acordo com Ozzy, a ideia surgiu da capa de uma revista em um consultório médico que dizia “God is Dead”. “Pensei, uau, isso é legal”, explicou.
O músico ainda ressaltou que espera mesmo que a faixa gere polêmica por conta do tema:
Nos anos 80 e início dos 90, alguém decidiu colocar adesivos nas capas dos discos [os selos “parental advisory”, criados para designar discos com conteúdo dito “impróprio”]. As vendas subiram, porque a molecada queria conhecer justamente aqueles álbuns que diziam que elas não podiam ouvir. E isso vendeu mais discos!
Sobre a associação com o satanismo feita por muitas pessoas que não conhecem direito a banda, Ozzy foi enfático ao dizer que embora algumas músicas que escreveu possam ser consideradas pró-santanistas, “ninguém fala sobre o fato de que Terry escreve letras incríveis”. Segundo ele, é preciso compreender a ideia antes de lançar o estereótipo: “Oh, é o Black Sabbath, Deus está morto: é uma música anti-Deus, eu tenho de protestar!”
Parte da entrevista você confere aqui. A versão na íntegra só na próxima edição da Rolling Stone.