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<b>Resenha:</b> Segundo dia do Abril Pro Rock 2013 (20/04/2013)

Segundo dia contou com shows de <b>Devotos, Dead Kennedys, Sodom, D.F.C., André Matos</b>, entre ourtos.

Devotos no Abril Pro Rock 2013

Devotos no Abril Pro Rock 2013

Texto por Yuri Ribeiro
Fotos por Rafael Passos (Cobertura oficial do festival)

O sábado do Abril Pro Rock foi reservado para o peso. Metaleiros – em maioria -, punks e alguns curiosos mostraram ser ainda o público mais fiel do APR. Pouco importa a programação, é o dia que sempre dá mais gente. Segundo o festival foram nove mil pessoas, quase o dobro da noite anterior.

A noite começou com as pernambucanas Vocífer e Kriver, seguidas pela potiguar Kataphero, que começaram a agitar os poucos presentes ainda com seus acordes pesados. Logo depois, veio a primeira atração internacional da noite e também a primeira de hardcore, a americana Fang. A banda instigou grandes rodas de pogo e ganhou o público.

Continuando com o hardcore, subiu ao palco uma das principais bandas do segmento no Brasil: a brasiliense D.F.C.. Com 20 anos de carreira, o grupo soltou suas pancadas politizadas, deixando o público eufórico. As rodas só faziam crescer, enquanto boa parte dos presentes na casa descansava aguardando as principais atrações da noite.

Mas antes disso, ainda tiveram que esperar por Devotos e Dead Kennedys. Os pernambucanos, que têm uma grande história com o Abril Pro Rock, não tocavam no festival há 12 anos. Mataram a saudade do público em grande estilo, tocando diversos clássicos, principalmente do disco Agora tá valendo (1997), um dos principais da banda. Músicas como “Crianças Abandonadas”, “Eu tenho pressa” e “Punk Rock Hard Core Alto José do Pinho”, que encerrou a apresentação com todos cantando em coro, marcaram o repertório.

Assim que acabou, Devotos deu vez ao Dead Kennedys, uma das maiores lendas do punk rock mundial. Apesar da ausência do seu principal nome, o ex-vocalista Jello Biafra, ver o grupo com os integrantes atuais gerou ansiedade em muita gente. O show começou com o som do vocal bem baixo, mas isso logo foi acertado e o bicho pegou.

Os caras ainda têm a pegada e a apresentação funciona muito bem. Obviamente não poderiam faltar os principais clássicos da banda, como “Holiday in Cambodia”, “Kill the Poor” e “California Über Alles”. A última foi a saideira, cantada junto com o público que se aglomerou lá na frente. Após o show, os músicos pediram a produção do APR para irem ao show de pagode que rolava ali próximo simultaneamente. Mesmo avisados que não se tratava de um show de samba tradicional, insistiram e viram 10 minutos de Só Pra Contrariar. Mas tudo bem, o show deles continua tendo sido legal mesmo assim.

Assim que acabou o show dos norte-americanos, começou a correria dos que descansavam lá por trás. Um arrastão foi formado para ver o Krisiun. A banda de death metal gaúcha se apresentou no festival pela terceira vez e sempre arrasta um bom público. Para satisfação de todos, músicas como “Motorhead – No Class” e “Black Force Domain” foram executadas. Pancadaria pra não deixar ninguém parado.

A penúltima banda a subir ao palco foi a alemã Sodom. Com mais de 30 anos de estrada, a banda de trash metal empolgou bastante com o seu som cru, comum nos anos 1980. A banda tocou algumas músicas do disco que ainda será lançado, Epitome Of Torture, mas garantiu espaço para os clássicos como “Agent Orange”, faixa que abre o disco de mesmo título e um dos principais da banda, de 1989.

Para encerrar a noite e o festival, um dos maiores nomes do metal do Brasil e um dos poucos a fazer sucesso fora, o ex-Angra André Matos. O show do paulista era o mais esperado da noite e os primeiros acordes de “Liberty” arrastou a multidão de metaleiros pra perto. O setlist ainda contaria com faixas como “Angels Cry”, “Time” e fechou com “Evil Warning”. Gritos, aplausos e várias mãos erguidas fazendo o chifre.

O Abril Pro Rock chegou ao fim de mais uma edição mostrando que ainda tem muita força e importância, principalmente para bandas que estão iniciando. Que em 2014 venha com mais uma programação diversificada e que o APR tenha vida longa.