The Gaslight Anthem
O Gaslight Anthem era uma das bandas mais aguardadas por mim, já que é um dos grupos que eu mais ouvi nos últimos anos e vem do lançamento de um grande disco em 2012, o ótimo Handwritten. Acontece que o calor parece ter feito mal à banda e ela fez um dos shows mais, desculpem o trocadilho infame, mornos do festival.
A banda entrou muda e saiu calada. Brian Fallon, com uma camiseta do time de futebol inglês Tottenham Hotspur, foi recebido obviamente com os tradicionais comentários das meninas da plateia a respeito da sua beleza, mas desapontou como um frontman.
Abrindo os trabalhos com a balada “Mae“, que fecha Handwritten junto com outra balada e jamais poderia abrir um show, a banda já dava indícios de como seria a performance, antes de emendar versões lentas de “Biloxi Parish” e “Old White Lincoln“. Daí pra frente, o grupo parece ter reunido todas as músicas lentas de sua discografia e colocado no setlist, já que a performance ficou arrastada e o público do Coachella conhecido por gostar de uma festa, não sabia como reagir ao show.
E não era pra menos. Se de um lado até mesmo os fãs estavam descontentes com a performance, do outro o público em geral que tinha se reunido em grande número para ver os caras começou a deixar o local quando mais uma balada, dessa vez “The Queen Of Lower Chelsea“, foi executada.
Vieram músicas mais rápidas como “45“, mas no geral foi um show que não andou. Na única vez que “interagiu” com o público, Fallon falou algumas frases soltas a alguns centímetros de distância do microfone, e ninguém entendeu muito bem a mistura de agradecimento com algo como “aproveitem o dia”.
Depois disso ele sussurrou que a próxima música era “um som dos anos 90 que a gente gosta” e antecipou “Interstate Love Song“, do Stone Temple Pilots.
Pra fechar o set, a banda deu uma “loshermanizada” e resolveu não tocar seu maior hit, a sempre excelente “The ’59 Sound” e ao invés disso tocou “Backseat“, em um show que já não poderia ser salvo.
O Gaslight Anthem é uma banda que fez muito barulho no underground com o disco The ’59 Sound e, de forma merecida, ganhou os holofotes em uma grande gravadora, mas se continuar com performances assim, será difícil conquistar mais gente. No Coachella, tenho certeza que o grupo não conquistou ninguém.
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