27 de Abril
O segundo dia e mais esperado do festival contou com bandas como Unida, Dozer, Turbowolf, House of Broken Promisses, Bong e Wo-fat. O dia depois da primeira noite do festival foi intenso. O Electric Ballroom foi aberto desde as 15h para lidar com os milhares de quilos de cabelos e barbas nas ruas e estava a todo vapor pro Sábado.
Dozer
O público do Electric Ballroom estavam em número ainda maior para ver o Dozer, que entraram ao palco com misteriosas nuvens de fumaça verde e cosmonáuticas, além de transcrições no fundo do palco.
A energia do guitarrista Tommi Holappa é ilimitada e os vocais de Frederik Nordinsão claros e tristes ao mesmo tempo, bem como a seção rítmica bombástica e implacável. “Born a Legend” e “Drawing Dead” simplesmente colocaram o público para pular e fazer o crowd-surfing. O sueco Olle Mårthans iniciou na bateria as colossais “Big Sky Theory” e “Rings of Saturn”. Já “Headed For The Sun” foi uma surpresa inesperada, todo potencial de Holappa e sua Gibson Explorer branca deixaram a multidão em êxtase a seus pés.
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Unida
O guitarrista Arthur Seay e sua famosa barba embalaram o público do Ellectric Ballroom perto do êxtase. Quando a figura do vocalista John Garcia (ex-Kyuss) emergiu das sombras, foi confirmado para o público inglês que o Unida está de volta para resolver assuntos pendentes, e assim começaram de cara com “Thorn”.
Diga o que quiser sobre a situação atual em torno do legado Kyuss, mas Garcia ainda pode cantar como um deus do deserto e hipnotizar os fãs com sua extensão vocal.
“Nervous” é simplesmente uma reinvenção artística do blues: é tão fácil cantar junto com a música, que até mesmo aqueles que nunca a ouviram antes estavam logo gritando “the flipside to that coin”.
Uma roda se abriu no público para uma incrível apresentação de “Human Tornado”, com um Garcia, sempre estranho e introspectivo, optando por ficar longe da beirada do palco, pra deixar seu guitarrista Seay brilhar ao longo desta e de várias outras músicas clássicas da banda.
O jovem sobrinho de Arthur, Owen Seay fez um trabalho sólido por trás do baixo e Cancino impressionou muito com sua presença frenética por trás da bateria. Unida tocou várias músicas que foram gravadas para o nunca lançado For the Working Man, tais como “Puppet Man”, “Last Day” e “Hangsman Daughter”.
Porém uma única ausência significativa foi da bela “If Only Two” e um vocalista que não apresentou interação com o público, deixando toda a conversa pro guitarrista Seay, que foi super simpático e mostrou energia e entusiasmo no show inteiro, e que também apresentou para os fanáticos fãs de Londres os riffs da mais esperada, “Black Woman”, dizendo que gostaria de ficar pra tocar mais músicas, mas que o “toque de recolher” da casa era cedo. Entretanto, isso não foi um problema para as “barbas” presentes saírem alegremente da casa em busca de mais cerveja pra terminarem a noite com chave de ouro… ou melhor, cevada.