O zumbi sai novamente de sua putrefata cova para nos inundar com sua energia calcada em filmes de terror B antigos. Rob Zombie reafirma de forma energizante sua temática e seu modo de fazer arte com o seu novo e magnífico álbum Venomous Rat Regeneration Vendor. É impressionante entender que a caminhada desse artista, que se iniciou há tantos anos com sua antiga banda (White Zombie), possa ter se tornado uma marcha de passos fortes e conhecidos. Sim, porque ouvir o novo álbum do Rob Zombie não é encontrar novidades ou experimentalismos, é apenas mais um pouco do que vem sendo envelhecido e depurado por anos de experiência e pesquisa.
O caminho aberto pelos riffs pesados com poucos acordes, misturados a temperos eletrônicos teve seu início mais evidente no álbum do White Zombie de 1995, o aclamado Astro-Creep: 2000 – Songs of Love, Destruction and Other Synthetic Delusions of the Electric Head, muito criticado em seu lançamento por apresentar as tais características eletrônicas. Anos e anos depois, Rob Zombie se tornou um diretor conhecido do cinema da atualidade por fazer filmes de terror à moda antiga, conseguindo traduzir nas telas exatamente os climas que apresenta em suas composições: horror vintage, grandes doses de peso, sexo e loucura.
O primeiro vídeo a ser lançado deste álbum já nos remete ao que será o trabalho. Em suma, continuam aqui os riffs de John 5, a cozinha forte e robótica e os vocais rasgados e fortes de Rob. As músicas no entanto apresentam refrães marcantes que acabam por transformar o clima zumbi do disco em algo que rima com a atual febre pelos mortos-vivos.
Definitivamente um álbum para se ouvir várias e várias vezes, na academia, enchendo a cara, numa festa, indo para o trabalho… o zumbi serve para todas as horas.
Nota: 8/10