Fotos e resenha por Glauber Oliveira
A cantora Chan Marshall, mais conhecida como Cat Power, traz em sua bagagem nove álbuns e alguns singles de grande repercussão em quase 20 anos de carreira. Seu disco mais recente, Sun, foi lançado em 2012 e é repleto de baterias eletrônicas, sintetizadores e beats que casam perfeitamente com as letras confessionais da artista.
De passagem pelo Brasil, a norte-americana fez 3 shows sendo eles no Rio de Janeiro, São Paulo e em Recife, evento que rolou no último Domingo (19/05) no Espaço Catamarã.
Com horário marcado para as 21h, a cantora atrasou 40 minutos, e segundo a produção o motivo foi uma forte inflamação no ouvido da artista.
Cat Power entra no palco às 21:40h um pouco tímida, abrindo seu setlist com “Sea of Love” (cover de Phil Phillips), trilha sonora do filme Juno, já ganhando atenção do público. Em seguida veio “The Greatest”, um de seus maiores hits, lançado em 2006, que foi apresentado em versão mais lenta. A melodia forte sobre o fim de um relacionamento em “Cherokee”, seu primeiro single do mais recente trabalho, foi o que levantou o público que cantou do começo ao fim, sendo um dos pontos altos da apresentação.
“Silent Machine”, mais uma de seu novo trabalho, tocada na guitarra por ela, veio acompanhada de um céu fechado que minutos depois virou chuva e afastou grande parte das pessoas, inclusive os fotógrafos que estavam realizando trabalhos no show. O público estava um pouco impaciente com a intensidade da chuva, mas alguns fãs que estavam desde a abertura dos portões às 19h permaneceram na grade acompanhando a apresentação até o final.
Quem acompanha a carreira da artista sentiu a diferença na sonoridade com a nova formação de músicos que a acompanham na turnê. Adeline Fargier na guitarra, Alianna Kalaba na bateria, Nico Turner na percussão e a participação masculina de Gregg Foreman nos teclados e na guitarra.
Canções como “Human Being, I don’ Blame You” e “3,6,9” também fizeram parte do setlist da apresentação, infelizmente deixando de fora sons como “He War” e “Lived in Bars”, duas músicas sempre muito esperadas pelo público durante os shows. A elogiadíssima “Metal Heart” hipnotizou os fãs pela sua voz rouca e suave, revivendo o incrível álbum Moon Pix (1998).
Cat Power encerra sua apresentação com “Ruin”, em forma de flores brancas arremessadas à plateia. Mesmo errando algumas vezes e modificando suas canções, a presença de palco da cantora fica marcada pela segurança em uma performance que está mais voltada para ser observada e admirada do que para empolgar. Foi comprovado que a artista tem público fiel aqui no Brasil e que suas apresentações sempre serão bem aceitas em nosso país.
Setlist
- Sea of Love
- The Greatest
- Cherokee
- Silent Machine
- Manhattan
- Human Being
- King Rides By
- Angelitos Negros (cover de Pedro Infante)
- Always On My Own
- 3,6,9
- Nothin But Time
- I Don’t Blame You
- Metal Heart
- Oh! Sweet Nuthin’ / Shivers (cover de Rowland S. Howard)
- Do Ya (cover de The Move)
- Peace and Love
- Ruin
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