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Resenha e fotos exclusivas: Chris Cornell no Rio de Janeiro (15/06/13)

Durante quase duas horas e meia os fãs puderam desfrutar da voz potente de Chris Cornell, que tocou hits de sua carreira e covers de artistas variados.

Resenha e fotos exclusivas: Chris Cornell no Rio de Janeiro (15/06/13)
Resenha e fotos exclusivas: Chris Cornell no Rio de Janeiro (15/06/13)

Chris Cornell faz show com clima intimista no RJ

Resenha e fotos exclusivas: Chris Cornell no Rio de Janeiro (15/06/13)

Resenha por Gabriel von Borell
Fotos por Rodnei Rosa

Os fãs cariocas de Chris Cornell se reuniram nesse sábado (15) no Vivo Rio, localizado no bairro da Glória, para conferir a apresentação acústica do cantor norte-americano, baseada no álbum Songbook, lançado pelo músico em 2011.

Talvez pelos preços salgados dos ingressos, que inclusive geraram certa revolta dos fãs na época do anúncio da vinda de Cornell, a casa de shows não estava lotada, mas um bom público compareceu para prestigiar um dos maiores ícones do grunge e do rock de Seattle, Washington. E durante quase duas horas e meia eles puderam desfrutar da voz potente do vocalista do Soundgarden e ex-Audioslave, que carregou a apresentação inteira sozinho, aliado apenas ao seu violão, um banquinho, um cenário simples e um pequeno jogo de luzes.

O show, de mesas e assentos marcados, começou em ponto, às 21h30, e de cara Chris Cornell chamou os fãs para se juntarem a ele próximo ao palco. O convite deixou parte dos fãs agitados e muitos deles prontamente se levantaram de suas mesas e correram para frente do palco, para desespero da equipe de segurança do Vivo Rio. Enquanto o show rolava, os funcionários tentavam atrair o público de volta a seus lugares, o que causou certo transtorno por um bom tempo para quem tentava se concentrar no show.

Resenha e fotos exclusivas: Chris Cornell no Rio de Janeiro (15/06/13)

Alheio ao que acontecia a sua frente, Cornell abriu a apresentação com duas músicas do projeto dos anos 90 Temple of the Dog: “All Night Thing” e “Say Hello 2 Heaven”. Depois vieram “Wide Awake”, presente no álbum “Revelations” do Audioslave, de 2006, e o cover de Brinsley Schwarz, “Peace, Love and Understanding”. Enquanto isso, o público reagia timidamente às canções, em caráter um tanto contemplativo. Simpático, Cornell fazia breves interações com a plateia em um clima totalmente intimista.

O show no Rio de Janeiro seguiu com “Sunshower”, conhecida em sua carreira solo, e “Call Me a Dog”, outra do Temple of the Dog. Até que pouco depois veio “Outshined”, do disco de 1991 do Soundgarden, Badmotorfinger, e os fãs finalmente se manifestaram mais efusivamente. E o público seguiu cantando com empolgação em “Hunger Strike”, o maior sucesso do Temple of the Dog. “I Am the Highway” foi mais uma que marcou ponto alto durante a apresentação, acompanhada o tempo todo pelo coro da plateia. Já faixas menos conhecidas, como “When I’m Down” e “Can’t Change Me”, contrastavam com sucessos iguais, “Fell On Black Days” e “Doesn’t Remind Me”, em termos de dominação do público.

Com o repertório previsto bastante alterado ao longo do show, Chris Cornell emocionou o público com sua interpretação de “A Day in the Life”, dos Beatles, pouco antes de o relógio marcar 23h. Em seguida o cantor deixou o palco e voltou minutos depois para a segunda, e última, parte da apresentação. Na volta, Cornell cantou “Scream”, de seu álbum homônimo lançado em 2009, “Seasons” e “Wooden Jesus”.

Resenha e fotos exclusivas: Chris Cornell no Rio de Janeiro (15/06/13)

Então veio a sequência que mais entusiasmou os fãs com “Be Yourself”, “Black Hole Sun” e “Like a Stone”, essa última cantada do início ao fim por um fã que o vocalista puxou da frente do palco e Cornell lhe cedeu o microfone. O público não se incomodou com a generosidade do músico, muito pelo fato de o rapaz ter surpreendido ao segurar, razoavelmente, o tom e ter mantido a afinação.

Já para fechar o show, por volta de 23h40, o cantor escolheu o cover de Bee Gees, “To Love Somebody”, e a faixa do Soundgarden “Blow Up the Outside World”. Chris Cornell então agradeceu aos fãs cariocas, levantou do banquinho, ergueu seu violão para o alto e saiu de cena rapidamente. Ao público só restou o desejo de revê-lo em breve, possivelmente em turnê com o Soundgarden e numa linha mais rock n’ roll para extravasar os sentimentos que acabaram ficando contidos no último sábado.

Setlist:

1- “All Night Thing” (Temple of the Dog)
2- “Say Hello 2 Heaven” (Temple of the Dog)
3- “Wide Awake” (Audioslave)
4- “(What’s So Funny ‘bout) Peace, Love and Understanding” (Cover de Brinsley Schwarz)
5- “Sunshower”
6- “Call Me a Dog” (Temple of the Dog)
7- Dandelion (Audioslave)
8- “Outshined” (Soundgarden)
9- “Hunger Strike” (Temple of the Dog)
10- “The Keeper”
11- “I Am the Highway” (Audioslave)
12- “Scar On The Sky”
13- “When I’m Down”
14- “Can’t Change Me”
15- “Fell on Black Days” (Soundgarden)
16- “Sweet Euphoria”
17- “Doesn’t Remind Me” (Audioslave)
18- “A Day in the Life” (Cover de The Beatles)
Bis:
19- “Scream”
20- “Seasons”
21- “Wooden Jesus” (Temple of the Dog)
22- “Be Yourself” (Audioslave)
23- “You Know My Name”
24- “Black Hole Sun” (Soundgarden)
25- “Like a Stone” (Audioslave)
26- “Cleaning My Gun”
27- “To Love Somebody” (Cover de Bee Gees)
28- “Blow Up the Outside World” (Soundgarden)

Mais fotos:

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