Bonde do Rolê toca The Cure
Texto por Rakky Curvelo – Fotos por Rakky Curvelo e divulgação
Como não poderia deixar de ser, o show do Bonde do Rolê foi um dos mais engraçados do evento. E um dos mais animados também.
Para começar, antes mesmo do anúncio de entrada da banda no palco já era possível ver um Rodrigo Gorky no canto do palco, dominando as pick-ups e vestido de Robert Smith. A caracterização não foi limitada a ele, já que Pedro D’eyrot e Laura Taylor também subiram ao palco, logo em seguida, vestidos como o excêntrico vocalista.
O cabelo desgrenhado, a maquiagem pesada e os lábios vermelhos do eterno vocalista do The Cure foram os tons marcantes da caracterização do trio. Outra nota de que os trocadilhos usando o nome da banda homenageada eram as camisetas que o trio vestia (e mais tarde veríamos, os dançarinos também) que exibiam a mensagem: “Tô com o Cure pegando fogo”
A homenagem virou uma engraçada mistura de clássicos com nomes inventados pelo vocalista Pedro. As músicas “The Carterpillar”, “Killing An Arab” e “Boys Don’t Cry” (carinhosamente com o refrão adaptado para “Boys Não Dêem Cria” perderam guitarras e ganharam coreografias, batidas do eletro funk e do funk carioca. Esta última foi acompanhada de um protesto da banda contra a proposta de Marco Feliciano, conhecida popularmente como “cura gay”. Sérios (um dos poucos momentos em que a banda falou sério no evento!), Rodrigo e Laura correram o palco e foram para a platéia com uma faixa em que se lia “Say no to Gay Cure”.
Depois das covers, Pedro anunciou que a banda começaria a fazer o que realmente entende, que é falar de cú e buceta. Antes, uma parada pra pedir pra galera soltar os balões vermelhos que enfeitavam a festa, com a promessa de que quem soltasse o balão ganharia um boquete no final do evento. Quase todos os balões foram para o céu neste momento. Daí pra frente foi só uma enxurrada de sucessos como “Picolé”, “James Bond é Travesti” e “Office Boy” que encerrou a festa a pedido dos fãs.