Resenha: Cultura Inglesa Festival

Veja como foram os shows de bandas como <b>Kate Nash, The Magic Numbers, Bonde do Rolê</b> e mais.

17º Festival da Cultura Inglesa
Ambiente do 17º Festival da Cultura Inglesa no Memorial da América Latina.

The Magic Numbers

Texto por William Galvão / Fotos por Marcos Bacon 

Com uma hora e dezesseis minutos de show, o quarteto londrino do The Magic Numbers conseguiu conquistar o publico paulista. Além de encantar a plateia com seu folk/rock muito bem trabalhado, o entrosamento da banda provou que eles realmente se divertem no palco.

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Seis anos após sua última visita ao país (2007), a banda está prestes a lançar seu quarto disco de estúdio, que ainda não tem nome. Apesar de a banda ter mostrado pouco do novo trabalho, já deu para perceber certa mudança na sonoridade, agora com uma pegada mais roqueira. A inédita “Shot In The Dark”, fez o público dançar com as mãos levantadas e, claro, vibrar com o riif de guitarra prolongado entoado pelo líder do grupo, Romeo Stodart, no final da canção.

The Magic Numbers começou a apresentação com uma sequência de hits. Primeiro, a suave “This Is a Song”, que animou a galera que estava um tanto preocupada com as promessas, que felizmente não se concretizaram, de chuva que o céu mandava. Em seguida, a banda tocou “Take a Chance” que, apesar de não ser a música mais conhecida da banda pelo mundo, talvez seja aqui no Brasil, já que a canção fez parte da trilha sonora de Malhação, cantada em coro pelo público. “Forever Lost”, essa sim, o maior hit do quarteto londrino, não conseguiu ser mais forte que a anterior, mas ainda arrancou suspiros de muita gente, em particular, deste que vos escreve. A plateia aplaudiu com vontade, tanto que alguns dos balões vermelhos de gás distribuídos no começo do evento foram soltos ao vento. Na sequência, “Love’s A Game” ganhou até citação de “People Get Ready”, de Curtis Mayfield.

Uma das mais aclamadas pelos fãs veio na sequência de “Shot In The Dark”. A ultra romântica “I See You, You See Me” foi tocada ao mesmo tempo em que alguns fãs balançavam os braços no ar, e outros aproveitavam o clima com longos beijos em seus parceiros (as). Um dos pontos mais altos da apresentação foi quando a banda, fã declarada de Caetano Veloso e da tropicália no geral, fez um cover de “You Don’t Know Me” em homenagem aos 70 anos do artista. A música contou com a participação do músico brasileiro Marcelo Jeneci, que aproveitou a véspera do dia de São João e trouxe uma sanfona. O Magic Numbers já havia regravado essa música, a diferença é que nessa versão eles puderam agradecer “ao povo brasileiro” com direito a “reinar o baião” de verdade. Além de adiantar o dia de São João, Jeneci usou o momento para deixar sua mensagem sobre os protestos que vêm ocorrendo por todo o país: É a nossa hora galera, vamos nessa. Apesar dos problemas técnicos com a sanfona, rendeu uma boa parceria.

As duas últimas canções foram “Love Me Like You” e “Morning’s Eleven”, do primeiro disco da banda, assim como a maioria das canções tocadas. A apresentação terminou com gostinho de quero mais. Pena que, por conta do horário apertado, a banda não pôde fazer seu bis.

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