Fotos e resenha por Doni Maciel
Após passar por São Paulo e Rio, a turnê de “Songbook” chegou até Porto Alegre. Desde a divulgação do show na capital, o que se viu foi muito barulho, primeiramente por se tratar de Chris Cornell, e todo seus status e histórico à frente das bandas Temple Of The Dog, Soundgarden e Audioslave, e mais ainda pelo alto preço cobrado pelos ingressos, chegando a custar R$900.
Chris dispensa apresentações, nos anos 90 liderou uma das maiores bandas do circuito grunge , surgido em Seattle, e nos apresentou o talento de Eddie Vedder, parceiro no Temple Of The Dog, banda que foi criada como homenagem ao amigo morto por overdose Andrew Wood (Malfunkshun/Mother Love Bone), que contou com o embrião do que viria a ser o Pearl Jam, logo em seguida.
O show solo do cara é totalmente intimista mesmo, com muita improvisação. Em recente entrevista, Chris disse que gosta de sentir o clima do público, e sempre procura atender aos pedidos dos fãs, e não foi diferente. Com um atraso de aproximadamente 25 min, Chris apareceu discretamente no palco, sob aplausos do público que foi convidado pela produção a ocupar os espaços vazios, e num instante logo cada cadeira vazia próxima ao palco estaria ocupada por algum fã sorridente de orelha a orelha.
Cornell é um cara bastante simpático e carismático, deixando seu público à vontade, interagindo bastante, e como dito mais acima, atendendo na medida do possível à grande maioria dos pedidos. Houve espaço inclusive para uma versão inusitada de “Hotel California” dos Eagles. O primeiro grande momento veio com “Hunger Strike” dos tempos de Temple Of The Dog, e Cornell viajou por boa parte de sua discografia em vários projetos, mas o público sentiu bastante a falta de mega hits como “Black Hole Sun” e “Like a Stone”.
Por fim, foi grandioso presenciar a voz, o violão e o carisma de Chris Cornell. Que sua próxima passagem aconteça em breve e com time completo.
Você pode conferir o setlist clicando aqui.
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