Entrevista exclusiva: City And Colour

Leia nosso bate papo exclusivo com <B>Dallas Green</b> sobre seu novo disco, folk, <b>Alexisonfire</b> e mais.

TMDQA!: O que você acha desse revival do folk que está acontecendo pelo mundo? Bandas e artistas como Mumford & Sons, Jake Bugg, Philip Phillips, Of Monsters And Men e outras estão tocando para plateias enormes e vendendo milhares de cópias de seus discos pelo mundo todo.
Dallas Green: A música popular muda a todo momento. Eu acho que isso está chamando a atenção das pessoas hoje em dia, mas independentemente do que é popular em qualquer período de tempo, eu acho que eu sempre irei escrever o que gosto. Esse tipo de coisa não me move. É mais ou menos sobre o que fala a música “Commentators”. Como eu digo, não estou tentando ser revolucionário, de maneira alguma. Eu preciso gostar do que lanço. Então, espero que não importa o que eu escreva, algumas pessoas gostem. Se não gostarem, tudo bem.

https://www.youtube.com/watch?v=nV49fMYcnic

TMDQA!: Sua decisão de ficar com o City And Colour como projeto principal teve algo a ver com esse revival do folk ou foi algo que você já planejava fazer há tempos?
Dallas Green: De maneira alguma. Eu sempre soube que chegaria o dia em que eu seria obrigado a decidir em qual dos projetos me focar. Chegou a um ponto em que era muito trabalhoso excursionar com duas bandas em período integral. Quando chegou a hora de decidir, fiquei com o City And Colour, porque sou eu e eu senti que devia isso a mim mesmo e a todas as pessoas que me apoiaram esses anos todos.

TMDQA!: Como foi chegar para os caras do Alexisonfire e lhes dizer que você estava saindo da banda? Você ainda conversa com eles hoje em dia?
Dallas Green: Foi a coisa mais difícil que eu já tive que fazer – em toda minha vida. Os caras são a minha família. Crescemos juntos. Eu esperei um tempão para conversar com eles. Ainda somos próximos e saímos juntos sempre que temos a oportunidade. Eles nunca estarão fora da minha vida.

TMDQA!: Quando você lançou “Little Hell”, chamou a atenção de várias cenas diferentes que não estavam interessadas em seu som anteriormente, como a indie/alternativa, e até mesmo outras mais populares que lhes deram espaços em grandes festivais. Com o Alexisonfire, vocês eram gigantes da cena punk, mas parece que ficou cada vez mais difícil de “sair dela”. Quando a banda lançou Old Crows/Young Cardinals, por exemplo, vários “punks” não gostaram da direção que a banda estava tomando porque vocês estavam criando novos sons e experimentando com novos elementos. Por que você acha que a cena punk ainda é tão restrita e, por mais controverso que seja, nada amigável com outros gêneros? Isso ajudou na decisão de deixar o AOF?
Dallas Green: Eu acho que tem a ver com a ideia de que você não pode agradar todo mundo o tempo todo. A música é algo muito emocional para a maioria dos fãs e ouvintes. Há pessoas que nunca quiseram que a gente soasse diferente do que éramos no disco homônimo ou que o City And Colour nunca lançasse outra coisa que não soasse como Sometimes. Só que as pessoas mudam e eu jamais seria capaz de escrever o mesmo álbum que já escrevi. É por isso que eu tenho que gostar do que eu lanço. Você nunca sabe como os outros irão se sentir.

TMDQA!: Você tem mais discos que amigos?
Dallas Green: Lógico! Quem não tem?!

City And Colour – The Hurry And The Harm

Você pode ouvir o disco na íntegra, via Deezer, clicando aqui.

Você pode comprar a edição física do disco clicando aqui.

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