Hoje, por algum motivo que desconhecemos, é o Dia do Viajante.
Apesar de acharmos que todo dia é um bom dia para você viajar e dar um tempo em seus problemas, aproveitamos a data e pensamos em listar alguns dos artistas que viajaram em suas carreiras, mas a destinos um tanto quanto controversos e de mau gosto.
Relembre com a gente as fases dessas bandas e como elas acabaram se envolvendo em verdadeiras bad trips.
U2
O U2 tem seu lugar marcado na história como uma das mais influentes bandas de rock dos anos 80, mas nos anos 90 resolveram ousar com Pop, um disco lançado em 1997 que trazia vários elementos musicais e visuais da música eletrônica e de estilos como a disco.
Com uma turnê gigantesca recheada de elementos grandiosos como a maior tela de LED do mundo até então, a banda conseguiu fazer barulho com o álbum, mas o mesmo recebeu críticas variadas e ficou conhecido como um álbum comercial, longe do que a banda havia feito até então.
De lá pra cá a banda lançou três discos de estúdio, e nenhum teve o impacto do começo da carreira dos caras.
Prince
Em 1993, Prince decidiu que seu novo nome artístico não seria mais um nome, mas sim um símbolo que foi criado a partir da junção dos símbolos do sexo masculino e do sexo feminino e batizou seu então mais recente disco, lançado em 1992.
Impronunciável e até então sem um nome definido (depois foi chamado de “Love Symbol #2”), o símbolo não colou e as mídias começaram a chamar o cara de “O artista conhecido anteriormente como Prince” ou “O Artista”, e a gravadora do cara teve um trabalhão para mandar disquetes com uma fonte customizada a milhares de veículos de imprensa, já que só assim eles poderiam falar do músico.
https://www.youtube.com/watch?v=wdV-yhsVdCw
Red Hot Chili Peppers
Em 2006 o Red Hot Chili Peppers lançou o disco duplo Stadium Arcadium.
Não, o disco não é ruim, bem longe disso, mas ao invés de tê-lo lançado como um álbum de dois discos com cerca de uma hora cada um, a banda poderia tê-lo condensado em apenas um disco com os pontos altos das duas mídias e o resultado seria sensacional.
Sem contar que foi o último disco da banda com o guitarrista John Frusciante, e essa é uma separação que jamais deveria ter acontecido.
Green Day
Em 2004 o Green Day resolveu ousar e lançou uma ópera rock chamada American Idiot, que trouxe uma série de grandes sons e foi um dos discos mais interessantes dos anos 2000.
Como o álbum foi um sucesso de público e crítica, os caras resolveram repetir a dose e lançaram o disco 21st Century Breakdown em 2009.
São 18 músicas no total e a ideia de contar uma história como foi feito em American Idiot, mas o resultado é fraco e soa como um apanhado de sobras do seu disco anterior.
Músicas fracas e uma história mal contada se misturam a falsetes de Billie Joe Armstrong que não podem ser reproduzidos ao vivo e resultam em um dos piores discos da carreira da banda.
Apesar de, comercialmente, se dar bem, o disco recebeu críticas negativas da maioria dos veículos especializados, como um 4.8/10 da Pitchfork.
Smashing Pumpkins
Em 2000 o Smashing Pumpkins já tinha quatro discos de estúdio na carreira e todos eles haviam sido recebidos muito bem por público e crítica, até mesmo Adore, de 1998, que marcou uma mudança no som e na estética da banda.
Acontece que nesse ano Billy Corgan e companhia resolveram lançar Machina/The Machines Of God, um álbum conceitual que teria um sucessor lançado na Internet e que não foi compreendido pela maior parte das pessoas.
O público não gostou (o álbum é o segundo a vender menos na carreira da banda) e a crítica não entendeu, e o resultado foi a interrupção da carreira da banda, que só lançaria um novo disco em 2007.
Os próprios integrantes da banda falaram sobre o fracasso do álbum, como o baterista Jimmy Chamberlain, que disse que foi como “ver seu filho reprovando na escola após tirar notas máximas durante 10 anos.”
Billy Corgan resumiu seu sentimento:
Eu acho que a combinação da banda se separando durante esse álbum… D’arcy nos deixando, o Korn era gigantesco na época, o Limp Bizkit também. O disco não era pesado o suficiente. Não era alternativo o suficiente. Estava no meio de tudo e era um álbum conceitual que ninguém entendeu. Então a combinação desses elementos matou a nossa carreira. O “Adore” não afastou o público, as pessoas só falaram “Ah, esse não é o tipo de disco que eu quero” O “Machina” afastou o público.
Weezer
O Weezer é uma banda com discos clássicos, como os homônimos The Blue Album e The Green Album e, é claro, Pinkerton.
Acontece que depois de escrever hinos do rock alternativo, Rivers Cuomo e companhia parecem ter se encontrado em uma rua musical sem saída e não apenas começaram a lançar discos médios, como Maladroit e Make Believe como álbuns terríveis como Raditude, que traz uma ~parceria~ com o rapper Lil’ Wayne.
Não à toa a banda tem passado a maior parte de seu tempo tocando seus discos antigos na íntegra em shows, festivais e aparições em eventos. Além de, é claro, seu próprio cruzeiro.