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Resenha: Móveis Coloniais de Acaju lança "De Lá Até Aqui" em São Paulo

Show de lançamento do novo álbum <b><i>De Lá Até Aqui</b></i> rende boa festa para fãs do Móveis em São Paulo

Móveis Coloniais de Acaju

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A noite de sexta feira estava fria. Mais fria ainda num lugar cheio de árvores e umidade, como o Parque do Ibirapuera. Mas era só entrar no Auditório, local escolhido pelo Móveis Coloniais de Acaju pra lançar seu mais novo álbum De Lá Até Aqui pra perceber que a mobília ia esquentar a noite.

O novo disco, com resenha do Guilherme Guedes que você lê aqui traz uma banda cheia de novas referências, madura, segura de si e de sua evolução, musical e artística, que passam também pelo show. O palco para a apresentação, um auditório, com poltronas e lugares marcados, não intimidou o público que ainda antes do início da apresentação se dividia em pé, frente ao palco, do jeito qeu tem que ser um show da Mobília. Antes de subirem ao palco, uma projeção mostrava para os fãs o desenho da capa do disco sendo refeito à mão, um cavalinho (também na capa) projetado ainda sem a prática, o que o fez aparecer sem cabeça e os primeiros versos de “Sede de Chuva” que abre o disco novo.

Xande Bursztyn, Beto Mejía, Paulo Rogério e Esdras Nogueira

Quando o pano da projeção finalmente subiu e a banda apareceu pela primeira vez frente ao público, a primeira música quase se encerrava, mas era tanta a pressa pelo contato com o público que os naipes já correram para frente do palco, para tocar mais perto. O público também já quase subia ao palco para acompanhar a festa, que teve entre seus destaques as antigas “Perca Peso” “Falso Retrato” mescladas às novas mas, nem por isso não cantadas à plenos pulmões pela platéia “De Lá Até Aqui” “Saionará”. 

As primeiras palavras de André Gonzales para o público foram talvez uma explicação para as mudanças de sonoridade da banda, talvez uma mensagem de apoio às manifestações que movimentaram o país em Junho e que continuam, menos lotadas, em várias cidades ou talvez nada disso, ou tudo isso junto. Nós somos a nossa própria mudança. Nós somos o eixo da nossa própria revolução. Pra mudar o Brasil, para mudar o mundo, nós mesmos, vamos nessa. E a banda começou a tocar “Campo de Batalha”, faixa que encerra o novo álbum da banda e que prega essa crença em si próprio.

Amor é Tradução

Os destaques da apresentação vão com certeza para a baladinha “Amor é Tradução” em que André tirou uma fã para dançar e depois descobriu ser ela a “Ana Cláudia”, uma das fãs que pedia para dançar com ele no palco em posts no Facebook e a música seguinte “Oi do Mal Irremediável” que teve tanto banda dançando simetricamente os passinhos da clássica “Thriller”, do Michael Jackson quanto a morte e ressurreição do vocalista, com uma D. Morte nervosinha em meio aos músicos do naipe de metais tocando uma marcha fúnebre.

Mas talvez o momento mais lindo da festa tenha vindo quase no final da apresentação. Ao “encerrar” o show com Melodrama, também do novo álbum, a banda se despediu para o bis e só voltou quando as cortinas da parte do fundo do palco foram abertas, para a paisagem do Parque do Ibirapuera à noite. O subir das cortinas e a paisagem externa ficaram ainda mais bucólicos com a música que viria em seguida, “Beijo Seu”, outra das musiquinhas para embalar casais apaixonados, surpresas do Móveis deste novo trabalho.

Oi Do Mal Irremediável

O show funcionou bem e a banda soube mesclar as músicas mais paradas do De Lá Até Aqui com as canções que os fizeram conhecidos como banda que não deixa ninguém parado nos shows. O set mostra essa variação, assim como as palavras de André, já ao final da apresentação, nos agradecimentos. Eu queria agradecer à Brasília, que talvez muitos de vocês não saibam mais é de onde nós viemos. E é por Brasília ser essa cidade tão plural, tão cheia de culturas e de momentos, que nós somos assim tão diferentes um do outro e tão diferentes musicalmente e também tão diferentes. Brasília não é só o plano piloto também não galera! É um lugar pra conhecer, um triângulo chamado Distrito Federal. Não tem só político lá não! 

E encerrou-se o show com a já clássica “O Tempo”, com público e banda pulando até o teto do Auditório do Ibirapuera, pra tentar fazer o tempo engatinhar…

Móveis Coloniais de Acaju

Setlist

Sede de chuva
Perca peso
De lá até Aqui
Falso Retrato
Saionara
Campo de Batalha
Cão Guia
Amanhã Acorda Cedo
Sem fim
Não chora
Amor é tradução
Oi do Mal Irremediável
Melodrama
Beijo seu
Dois Sorrisos
Vejo em seu olhar
Nova Suingueira
O Tempo

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