Sexta-feira (30 de agosto)
Uma das bandas que mais me chamou atenção no PDR tocou logo no início do primeiro dia. Às 19h45 sobe ao palco a banda Kita. O grupo que abriu o show do Paramore há alguns meses no Rio de Janeiro teve problemas técnicos, mas impressionou a plateia com talento e carisma. Liderados pela vocalista Sabrina Sanm, o Kita tem o mérito de conseguir ganhar notoriedade em um mercado pouco acreditado no Brasil – o de um rock mais eletrônico; new metal com toques de industrial, cantado em inglês.
Logo em seguida, outra excelente surpresa. Os goianos do The Galo Power arrasaram em qualidade musical. Inspirados principalmente pelo rock das décadas de 60 e 70 o destaque ficou para os vocais impecáveis de Bruno Galo.
Como não podia faltar, o hardcore foi representado principalmente pelo brasiliense Cadibóde e o consagrado Dead Fish, que tocou hits dos seus 23 anos de carreira. Se apresentaram também nesse dia os argentinos do Banda de La Muerte, grupo ascendente na cena mundial do stoner rock.
O Selvagens à Procura de Lei trouxe do Ceará um rock com uma pegada mais pop. Quem também é de Fortaleza é o Alf. Ele, que se tornou uma figura conhecida no rock brasiliense, marcou presença positiva. O músico que já fez parte do Rumbora, do Raimundos e do Supergalo está prestes a lançar seu projeto solo. Ele apostou em um repertório de “clássicos de Brasília” em um show que poderia ter sido um pouco mais longo.
Entre as atrações principais da noite estava o Capital Inicial – não só pela popularidade do grupo, mas também por eles serem praticamente a única banda brasiliense do mainstream que nunca havia pisado nos palcos do PDR. Dinho Ouro Preto afirmou que a banda demorou tanto tempo para aceitar se apresentar no Porão porque eles teriam que tocar com repertório reduzido para não atrapalhar os horários das outras apresentações.
E o show foi mesmo composto apenas por clássicos da banda e do Aborto Elétrico. Três covers também apareceram no set: “Seven Nation Army” (White Stripes), “Mulher de Fases” (Raimundos) e “Que País É Esse” (Legião Urbana).
Outra banda que estava entre as atrações principais era o Soulfly. Max Cavalera apostou no passado e tocou um repertório com vários hits da sua antiga banda, o Sepultura. A decisão de tocar músicas como “Territory”, “Refuse/Resist” e “Roots Bloody Roots” parece ter agradado principalmente os fãs mais antigos.
Quem resolveu ficar até o final da noite, assitiu ao Matanza. A banda fechou o Line-up do dia com bastante vigor e um público de tamanho surpreendente pra quem sobe ao palco às 2h.