Nadezhda Tolokonnikova, uma das integrantes da banda russa de punk rock Pussy Riot, teve que deixar a prisão para ser hospitalizada, na sexta-feira, 27. A garota fazia greve de fome em protesto pelas condições carcerárias. A informação é de seu marido, Pyotr Verzilov.
Nadezhda cumpre uma sentença de dois anos pelo protesto contra o presidente russo, Vladmir Putin, feito na principal catedral de Moscou. Ela foi atendida no hospital da prisão. Segundo Verzilov, o chefe interino da prisão disse que o estado de Nadezhda é “terrível”, porém não deu outros detalhes. Ele disse ainda que não foi autorizada a transferência dela para o hospital, nem a visita de advogados.
Na última segunda-feira, 23, em carta aberta publicada pelo The Guardian, Nadezhda havia anunciado a greve de fome por conta de “trabalho escravo” na colônia penal 14, onde ela cumpre pena. Ela afirmou também que estava recebendo ameaças de morte de um funcionário do alto escalão da penitenciária. “Este é um método extremo, mas estou convencido de que é minha única maneira de sair da minha situação atual”, diz um trecho da carta.
Nadezha diz na carta que os presos são forçados a trabalhar até 17 horas por dia, privados de sono e submetidos a punições coletivas. Além disso, vivem em condições subumanas de higiene.
Antes de ser hospitalizada, Verzilov havia divulgado um depoimento acusando os agentes da prisão de tirarem água potável da cela de sua esposa e que um deles tentou estuprá-la.
A carta aberta de Nadezhda pode ser lida aqui.