Como você viu aqui no Tenho Mais Discos Que Amigos!, o líder do Black Flag, Greg Ginn, havia entrado com uma ação contra ex-integrantes da banda devido ao uso indevido do logotipo e do nome do grupo.
Keith Morris, ex-vocalista da banda, se reuniu a outros ex-membros do Black Flag e formou um novo grupo chamado Flag, com o único objetivo de tocar músicas da banda por aí. Outro acusado no processo é Henry Rollins, também ex-vocalista, que apesar de não estar tocando músicas do grupo, foi acusado de tentar garantir para si indevidamente o direito de uso do nome da banda.
Essa semana um juiz da Califórnia decidiu que Ginn não tem razão e que não há problemas em Morris utilizar o nome Flag com a sua banda, já que fica bem clara a diferença entre os dois grupos.
De acordo com o juiz, todo o material de divulgação do Flag sempre deixou bem claro que o grupo é formado por ex-integrantes, o que significa que não há confusão e nem má fé para que as pessoas achem que o Flag é o atual Black Flag. Além disso, exemplos como posts em sites de música na Internet deixando a diferença bem clara também foram utilizados no processo e mostraram que todos sabem muito bem que “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”.
Recentemente a gente esteve no Riot Fest, em Chicago, e a primeira coisa que Keith Morris disse quando subiu ao palco foi exatamente: “Quero deixar bem claro para todo mundo aqui. Desde você na primeira fila, até quem está trabalhando lá atrás vendendo cerveja: Não somos o Black Flag.”
Dessa maneira, devemos continuar com duas versões da banda em atividade. O Flag, que excursiona por aí tocando músicas da carreira da banda, e o Black Flag em si, que está trabalhando em novas músicas.
Quanto a Henry Rollins, o juiz também decidiu que ele não tentou tomar o nome da banda para si indevidamente.