CAMARONES ORQUESTRA GUITARRÍSTICA
Em ritmo de festa e com o público em peso, a banda de rock instrumental Camarones Orquestra Guitarrística fez um show bastante especial e com energia única, daquele tipo que quando acaba, deixa gosto de quero mais.
Mesclando músicas de seus três álbuns de estúdio em seu bem selecionado setlist, o grupo aproveitou a oportunidade para dar atenção maior ao mais recente, O Curioso Caso da Música Invisível, lançado neste ano. Em “Pigmalião”, uma das faixas deste novo trabalho, o guitarrista Dante Augusto “swingava” com as notas de sua guitarra, enquanto o também guitarrista Fausto Luiz fazia a base, o baterista Ynaiã Bertholdo (Macaco Bong) mandava o ritmo e a sempre sorridente e carismática Ana Morena cuidava dos graves, botando todo mundo para dançar.
O primeiro convidado da noite foi, justamente, Léo Martinez, guitarrista que acompanhou o Camarones durante três anos. O músico, que deixou a banda neste ano, tocou “Caça ao Lobisomem”. Depois de mandarem “Gloom”, um dos sons com vibe reggae-ska de seu novo disco, a banda chamou ao palco o guitarrista Camillo Royale, da banda paraense Turbo, para apresentar “Bronx” em um dos desempenhos mais animados da noite, com direito ao guitarrista chamar o público para ficar mais perto e, ainda, tocar de joelhos.
Anderson Foca, bastante satisfeito com a primeira noite de festa do DoSol e com a animação do show, jogou cerveja ao público para brindar o rock potiguar. Karina Monteiro, ex-guitarrista do grupo, aumentou a lista de convidados especiais em bastante aplaudida, tocou riffs numa performance à la Johnny Ramone.
Flávio Dado (Fukai), veio em seguida para, junto com Ynaiã, tocar bateria, iniciando sua participação com “Tudo Errado”. Foca brincou e disse que o título era a cara do show, mas, na opinião do público, claramente o integrante estava equivocado, pois a apresentação do Camarones foi certeira, na porrada, na diversão.