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Resenha: Lana Del Rey no Rio de Janeiro (10/11/13)

A cantora esbanjou carinho com o público e conquistou a todos com uma apresentação sensual, misteriosa e hipnotizante.

Resenha: Lana del Rey no Rio de Janeiro (10/11/13)
Resenha: Lana del Rey no Rio de Janeiro (10/11/13)

Lana Del Rey promove histeria adolescente e distribui selinhos no RJ

Lana Del Rey no Rio de Janeiro (11)

Resenha por Gabriel von Borell
Fotos por Néstor J. Beremblum/T4F

No último domingo (10) foi a vez do público carioca conferir a passagem da cantora Lana Del Rey, talvez a maior musa do momento entre o público hipster, pelo Brasil. A musa de 27 anos dona do mega hit “Summertime Sadness” já havia se apresentado no dia 7 de novembro em Belo Horizonte (MG), no Chevrolet Hall, e no dia 9 dentro da programação do festival Planeta Terra, realizado no Campo de Marte em São Paulo.

Sucesso absoluto nos dois primeiros shows no país, na Cidade Maravilhosa a performance de Lana no palco não ficou para trás. A cantora esbanjou carinho com o público e conquistou a todos com uma apresentação sensual, misteriosa e hipnotizante. Lana tem a receita perfeita para agradar seus fãs. O show da artista nova-iorquina no RJ aconteceu no Citibank Hall, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, e teve abertura do badalado Silva, um dos principais artistas da nova geração da cena alternativa da música brasileira.

A apresentação do músico capixaba começou logo depois que o relógio marcou 20h e Silva mostrou ao público, estava bem receptivo, suas canções que misturam uma melodia de MPB com batidas e efeito variados de música eletrônica, criando algo bem moderno. A primeira música do curto setlist foi o single “2012”, depois vieram outras faixas conhecidas como “Falando Sério“, “A Visita” e o cover de “Mais Feliz“, sucesso na voz de Adriana Calcanhoto. Por volta de 20h30 Silva anunciou que já estava terminando sua apresentação e revelou à plateia que, como fã, também estava ansioso pelo show de lana e muito feliz em poder ter participado daquela noite. Sendo assim o músico recebeu uma saraivada de palmas do público. Em seguida então ele fechou seu show com “12 de Maio“.

Resenha: Lana del Rey no Rio de Janeiro (10/11/13)

A espera pela entrada de Lana Del Rey ainda demorou mais, aproximadamente, 40 minutos e os fãs esperavam de forma paciente. O estado de graça deles era tão evidente que deve ter anulado qualquer princípio de irritação. Porém, às 21h13 a cantora surgiu no centro do palco como uma deusa blasé e a histeria coletiva foi iniciada. A primeira faixa executada foi “Cola“, do álbum Paradise (2012), e o coro uníssono dos fãs de cara impressionou Lana, que ao final dos primeiros versos da música agradeceu com um “thanks” (obrigado, em português) e logo voltou para a letra.

Já a segunda faixa do repertório foi “Body Eletric“, também presente no disco mais recente da cantora, e ao sensualizar fortemente com o seu guitarrista arrancou suspiros e gritinhos em excesso dos fãs, que testemunharam até uma agachada mais ousada de Lana. O show seguiu com a plateia carioca, composta em sua maioria por adolescente fazendo muito (mas muito!) barulho, tanto que era até difícil tentar se concentrar na voz da cantora. O microfone, com relação ao empolgado (até demais) acompanhamento vocal dos fãs, estava baixo.

Resenha: Lana del Rey no Rio de Janeiro (10/11/13)

Enquanto Lana cantava sucessos como “Blue Jeans“, “Born to Die” e “Young and Beautiful” e interagia brevemente com o público, a plateia tudo quanto era objeto na direção do palco na esperança da artista recolher em algum momento. E Lana recolheu tudinho, demostrando uma atenção com os fãs poucas vezes vistas no mundo do entretenimento. Mas não foi só isso. Lana percorreu todos os lados da grade que a separava da plateia, beijou diversos fãs, abraçou outros, deu autógrafos para vários e tirou foto com alguns. Os sortudos apareciam no telão com um semblante que misturava incredulidade. Em determinado momento a artista também avisou ao público que precisava deixar o palco por um minuto pois havia ficado doente no México e precisava se recuperar tomando uma solução líquida. Na volta a cantora brincou dizendo que na verdade havia esquecido seus cigarros.

Sem bis, Lana fez sua própria versão de “Knockin’ on Heaven’s Door“, de Bob Dylan, e depois enlouqueceu o público com “Ride“, música que abre o CD Paradise. Diante de uma resposta tão positiva da plateia carioca a artista disse: “Vocês estão sendo tão maravilhosos comigo. Eu não tenho como agradecer o suficiente”. Na sequência a cantora manteve seus fãs em ritmo quente com a empolgante “Summertime Sadness” e a introspectiva “Video Games“. Nesse momento Lana voltou a elogiar o público do Rio de Janeiro. “Obrigado por tornar essa noite inesquecível. Vou querer voltar outras vezes”. Para fechar o show, por volta de 22h30, Lana del Rey cantou “National Anthem“, do álbum Born to Die (2012). Depois a cantora não deixou o palco antes de buscar do chão todos aqueles objetos que representavam o carinho do público brasileiro. Além disso, Lana foi embora com a certeza de que construiu um grande elo no Brasil e que deve ficar ainda mais forte nas próximas vezes que a estrela voltar ao país.

Resenha: Lana del Rey no Rio de Janeiro (10/11/13)

Setlist:

1- “Cola”
2- “Body Electric”
3- “Blue Jeans”
4- “Born to Die”
5- “Dark Paradise”
6- “Young and Beautiful”
7- “American”
8- “Without You”
9- “Knockin’ on Heaven’s Door” (Cover de Bob Dylan)
10- “Ride”
11- “Summertime Sadness”
12- “Video Games”
13- “National Anthem”