Resenha: Black Drawing Chalks e Corazones Muertos no Inferno Club - SP (31/01/14)

Grupos empolgaram o público que compareceu para ouvir rock na Rua Augusta.

Resenha: Black Drawing Chalks e Corazones Muertos no Inferno Club - SP (31/01/14)

O Inferno Club é praticamente a casa do Black Drawing Chalks em São Paulo, já que de tempos em tempos eles tocam no local mais roqueiro da Rua Augusta. Na noite do dia 31 de janeiro o quarteto voltou a se apresentar por lá trazendo um repertório composto basicamente pelas músicas dos discos Life is a Big Holiday For Us e No Dust Stuck On You.

CORAZONES MUERTOS

Antes da banda principal, porém, a noite contou com a abertura do Corazones Muertos, que realizou uma apresentação empolgante. Aos poucos, o grupo foi conquistando o público, que digeriu bem as músicas punks e rápidas. Entregues ao momento, foi difícil não interagir com a vibração do quarteto. De um bate-cabeça pequeno, o público se jogou até formar um grande aglomerado de pessoas pulando ao alto som dos instrumentos.

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Com o público ganho o Corazones Muertos deixou o palco pouco mais de meia hora depois, tempo suficiente para mostrar um show dinâmico e eficiente. Muito além de simplesmente ocupar o tempo, a banda conseguiu impressionar os fãs de Black Drawing Chalks.

BLACK DRAWING CHALKS

Não demorou muito para os goianos começarem o grande show da noite. Os próprios músicos plugaram seus instrumentos e deram início à apresentação apenas 20 minutos depois do Corazones Muertos deixar o palco. O repertório começou com canções do disco No Dust Stuck On You, conquistando a plateia de forma gradual. Bastaram apenas as primeiras notas do riff de “My Radio” para o Inferno enlouquecer. Seguida da “Don’t Take My Beer“, o jogo já estava ganho.

A banda voltou a executar músicas do terceiro disco logo com “Street Rider“, a mais funkeada da sequência. O público não deu bola pro swingue e se jogou em bate-cabeças mesmo assim. Mas foi em “Magic Travel” que o lugar ficou pequeno, se tornando o ponto alto da noite. As músicas do disco Life is a Big Holiday For Us refletem na apresentação o caráter rápido e dançante da obra, deixando visível a diferença de recepção das canções.

Apesar disso, “Famous” foi um dos momentos mais marcantes e quando surgiu “My Favorite Way“, a reação do público foi tão calorosa quanto com o restante do set, o que mostra o valor que todas as músicas do Black Drawing Chalks têm.

Cut Myself In 2” foi um freio no show, que vinha em grande velocidade, momento pra descansar e admirar a beleza da música. A banda encerrou o show, mas eu nem preciso dizer que o público queria mais, o que aconteceu quando o grupo voltou para tocar “Big Deal“, do primeiro trabalho de estúdio do quarteto, e “Free From Desire“, que contou inclusive com um mosh insano do baixista Denis de Castro.

O saldo de todo o show foi uma performance que satisfez todos os presentes, não deixando margem para críticas. Se você preferiu ficar em casa para ver o último capítulo da novela com o primeiro beijo gay do programa de maior audiência da televisão brasileira, sinto lhe dizer mas você perdeu um grande show do Black Drawing Chalks em alto nível.

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