Resenha: Avenged Sevenfold em São Paulo (12/03)

Veja como foi o primeiro show da turnê brasileira do Avenged Sevenfold.

Resenha: Avenged Sevenfold em São Paulo (12/03)

Por Fernando Branco

Eu gostei do último disco do Avenged Sevenfold. Pronto, falei. Conheci a banda há pouco tempo, quando eles se apresentaram no último Rock in Rio. Até então eu não conhecia nada do grupo. Diante da avalanche de críticas que o último lançamento da banda recebeu, resolvi ouvir o álbum e curti o som.

O disco é relativamente simples e lembra (bastante) algumas bandas clássicas, o que aparentemente é o “grande problema” de Hail To The King, lançado em Agosto passado.

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Enfim, ao mesmo tempo em que eu fui descobrindo os sons da banda, descobri também que as opiniões sobre os caras não têm um meio termo. Quem não gosta, realmente não gosta; e quem gosta, às vezes gosta um pouco demais. E foi essa segunda metade, claro, que estave no Espaço das Américas na última quarta-feira (12) para a estreia da turnê que a banda faz pelo Brasil nos próximos dias, que inclui um segundo show em São Paulo no dia 20.

Para o público o show foi ótimo, mesmo antes de começar. O A7X subiu ao palco com o jogo ganho. Qualquer coisa que acontecesse depois do primeiro grito seria genial para quem estava lá. Mas não é bem assim, né?

Às 21:30 as cortinas caíram e o guitarrista Synyster Gates, sozinho no palco, tocou as primeiras notas de “Shepherd Of Fire”, som que abre o último disco. Logo no começo foi possível perceber um problema técnico que duraria todo o show: a guitarra soava um tanto quanto abafada e mesmo quando o resto da banda entrou, o som não melhorou muito.

Dali para a frente veio uma chuva de hits. Sons mais antigos, com as características do metalcore que fez a fama da banda, como “Critical Aclaim” e “Beast and The Harlot” e alguns sons novos: “Hail to The King” e “Doing Time”. Na sexta música, “Buried Alive”, o vocalista M. Shadows chamou um fã ao palco para cantar um refrão, e até que o cara não fez feio. Sabia a letra pelo menos.

A banda estava em forma, bem ensaiada. Os caras tocam bem. Um pouco burocráticos demais, sem feeling, mas no geral são bons tecnicamente. O ponto forte é, sem dúvidas, M. Shadows. Carismático, ele interagiu com o público o tempo todo e dominou o espetáculo como poucos caras com a idade dele (32) fazem. O cara manda bem, não dá pra negar.

Finalizando o setlist vieram a nova “This Means War” e “Almost Easy”. Voltando para o bis, a banda atendeu ao pedido das 8 mil pessoas que estavam ali e fechou os trabalhos com “A Little Piece of Heaven”, faixa composta pelo saudoso baterista James ‘’The Rev’’ Sullivan, que morreu em 2009 e foi constantamente celebrado pelos fãs e integrantes da banda.

No geral foi um bom show de rock. O Avenged Sevenfold é uma banda competente, mas que sofre para conquistar a “velha guarda” por alguns motivos que vão além dessa resenha. Não falem pra ninguém, mas eu gostei!

Setlist

  1. Shepherd of Fire
  2. Critical Acclaim
  3. Beast and the Harlot
  4. Hail to the King
  5. Doing Time
  6. Buried Alive
  7. (Fan singing)
  8. Seize the Day
  9. Nightmare
  10. Eternal Rest
  11. Guitar Solo
  12. Afterlife
  13. This Means War
  14. Almost Easy
    Bis:
  15. Unholy Confessions
  16. A Little Piece of Heaven

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