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Cage The Elephant incendeia Lollapalooza Brasil e Julian Casablancas decepciona

Bandas subiram ao palco hoje à tarde no Autódromo de Interlagos.

Cage The Elephant incendeia Lollapalooza Brasil e Julian Casablancas decepciona

Cage The Elephant

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Fotos por I Hate Flash / Padilha

O Cage The Elephant é uma das bandas novas que mais tem chamado a atenção do público e da cena rock’n’roll nos últimos anos.

Com um som que flutua entre vários estilos que vão do rock alternativo ao psicodélico passando pelo indie e pelo punk, o grupo é difícil de ser definido, mas tem se consolidado a cada álbum que lança.

Se em estúdio a banda constrói bons álbuns e lança singles com pegadas e apelos populares, ao vivo o Cage The Elephant é pura energia.

Assim que os músicos pisam no palco, liderados pelo vocalista Matthew Shultz, começam a mandar bala em seus riffs de guitarras cheias de distorção e músicas que quando ganham corpo fazem o público se lembrar de nomes clássicos do punk.

Interagindo bastante com o público e dizendo que “não está acostumado a ficar acima, em um pedestal, já que o natural é estarmos todos juntos pois somos todos iguais,” Shultz cativa e conduz a plateia ao mesmo tempo em que sua banda passa por suas músicas em performances altas e barulhentas.

O apelo pop dos sons perde muito aqui, mas, do outro lado, o espetáculo ganha bastante e vira o principal atrativo dos caras e explica muito bem porque uma multidão gigantesca se aglomerou na frente do palco para não perder esse show.

Shultz poderia lembrar Iggy Pop apenas pelo fato de ter tirado a camisa logo no início da apresentação, mas em vários outros aspectos ele é como a lenda do rock’n’roll. Sem querer imitá-lo, o líder do Cage The Elephant corre, pula, vai pra plateia, grita, e nesse meio tempo ainda arruma espaço para cantar.

Ao final de tudo e após hits como “Aberdeen” (apropriadamente tocada no dia em que a morte de Kurt Cobain completa 20 anos), “Shake Me Down” e “Come A Little Closer” (composta após a última passagem da banda por São Paulo e uma homenagem à cidade), o show chegou ao final com “Sabertooth Tiger” e, mais uma vez, um show de Matthew, que foi ao público com a bandeira do Brasil.

Não satisfeito, ele escalou uma torre de luz, deitou em cima de uma tenda e definitivamente aproveitou a tarde ensolarada de São Paulo tanto quanto os seus fãs.

Showzão!

Setlist

  1. Spiderhead
  2. In One Ear
  3. Aberdeen
  4. Back Against the Wall
  5. Take It or Leave It
  6. Halo
  7. Cigarette Daydreams
  8. Ain’t No Rest for the Wicked
  9. It’s Just Forever
  10. Teeth
  11. Come a Little Closer
  12. Shake Me Down
  13. Sabertooth Tiger

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Julian Casablancas

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Foto: Lollapalooza Brasil

Sem dúvida alguma, o nome de Julian Casablancas foi um dos que mais causou comoção quando foi antecipado pelo TMDQA! para o Lollapalooza Brasil de 2014, afinal de contas, o cara é lider do The Strokes.

Apesar disso, quando começou a fazer seus novos shows solo com a banda nova, The Voidz, começou a ser recepcionado com diversas críticas tanto de público quanto mídia especializada lá nos Estados Unidos.

Por conta desses elementos todos, o show dele no festival brasileiro tornou-se uma incógnita e acabou revelando-se uma baita de uma decepção.

Usando uma jaqueta de couro recheada de nomes de bandas punk como The Clash, GBH, Discharge, Sex Pistols e Dead Kennedys, Casablancas subiu ao palco e foi muitíssimo bem recepcionado, já que por ali estavam fãs do cara que inclusive choravam só de estar perto do ídolo.

Quando o show começou o que se viu musicalmente foi o retrato da mistureba esquisita que é a sua banda.

Enquanto visualmente você tem um conjunto de músicos que vão do guitarrista tiozão até o tecladista indie, musicalmente as novas músicas de Julian são uma mistura de punk, metal, rock alternativo, e no final da conta, não são nada disso tudo.

Para “ajudar”, o líder do Strokes, que normalmente não tem muito trabalho para conduzir um show com a sua banda original, já que manda hit atrás de hit e faz um puta show, tentou mostrar um pouco de carisma que não lhe parece natural, e ao conversar com a plateia sempre parecia um tanto quanto comedido, precisando falar quatro ou cinco vezes a palavra “futebol” para chamar a atenção do público, doido para que músicas do Strokes fossem tocadas.

E foi só quando elas vieram, na forma de “Ize Of The World” e “Take It Or Leave It”, que as pessoas realmente se empolgaram com o show.

Muito pouco.

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Setlist

  1. Ego
  2. 2231
  3. Ize of the World (The Strokes)
  4. Biz Dog
  5. River of Brakelights
  6. Dare I Care
  7. 11th Dimension
  8. Take It or Leave It (The Strokes)
  9. Glass
  10. Where No Eagles Fly

Resenhas

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