Cage The Elephant
Fotos por I Hate Flash / Padilha
O Cage The Elephant é uma das bandas novas que mais tem chamado a atenção do público e da cena rock’n’roll nos últimos anos.
Com um som que flutua entre vários estilos que vão do rock alternativo ao psicodélico passando pelo indie e pelo punk, o grupo é difícil de ser definido, mas tem se consolidado a cada álbum que lança.
Se em estúdio a banda constrói bons álbuns e lança singles com pegadas e apelos populares, ao vivo o Cage The Elephant é pura energia.
Assim que os músicos pisam no palco, liderados pelo vocalista Matthew Shultz, começam a mandar bala em seus riffs de guitarras cheias de distorção e músicas que quando ganham corpo fazem o público se lembrar de nomes clássicos do punk.
Interagindo bastante com o público e dizendo que “não está acostumado a ficar acima, em um pedestal, já que o natural é estarmos todos juntos pois somos todos iguais,” Shultz cativa e conduz a plateia ao mesmo tempo em que sua banda passa por suas músicas em performances altas e barulhentas.
O apelo pop dos sons perde muito aqui, mas, do outro lado, o espetáculo ganha bastante e vira o principal atrativo dos caras e explica muito bem porque uma multidão gigantesca se aglomerou na frente do palco para não perder esse show.
Shultz poderia lembrar Iggy Pop apenas pelo fato de ter tirado a camisa logo no início da apresentação, mas em vários outros aspectos ele é como a lenda do rock’n’roll. Sem querer imitá-lo, o líder do Cage The Elephant corre, pula, vai pra plateia, grita, e nesse meio tempo ainda arruma espaço para cantar.
Ao final de tudo e após hits como “Aberdeen” (apropriadamente tocada no dia em que a morte de Kurt Cobain completa 20 anos), “Shake Me Down” e “Come A Little Closer” (composta após a última passagem da banda por São Paulo e uma homenagem à cidade), o show chegou ao final com “Sabertooth Tiger” e, mais uma vez, um show de Matthew, que foi ao público com a bandeira do Brasil.
Não satisfeito, ele escalou uma torre de luz, deitou em cima de uma tenda e definitivamente aproveitou a tarde ensolarada de São Paulo tanto quanto os seus fãs.
Showzão!
Setlist
- Spiderhead
- In One Ear
- Aberdeen
- Back Against the Wall
- Take It or Leave It
- Halo
- Cigarette Daydreams
- Ain’t No Rest for the Wicked
- It’s Just Forever
- Teeth
- Come a Little Closer
- Shake Me Down
- Sabertooth Tiger
Julian Casablancas
Foto: Lollapalooza Brasil
Sem dúvida alguma, o nome de Julian Casablancas foi um dos que mais causou comoção quando foi antecipado pelo TMDQA! para o Lollapalooza Brasil de 2014, afinal de contas, o cara é lider do The Strokes.
Apesar disso, quando começou a fazer seus novos shows solo com a banda nova, The Voidz, começou a ser recepcionado com diversas críticas tanto de público quanto mídia especializada lá nos Estados Unidos.
Por conta desses elementos todos, o show dele no festival brasileiro tornou-se uma incógnita e acabou revelando-se uma baita de uma decepção.
Usando uma jaqueta de couro recheada de nomes de bandas punk como The Clash, GBH, Discharge, Sex Pistols e Dead Kennedys, Casablancas subiu ao palco e foi muitíssimo bem recepcionado, já que por ali estavam fãs do cara que inclusive choravam só de estar perto do ídolo.
Quando o show começou o que se viu musicalmente foi o retrato da mistureba esquisita que é a sua banda.
Enquanto visualmente você tem um conjunto de músicos que vão do guitarrista tiozão até o tecladista indie, musicalmente as novas músicas de Julian são uma mistura de punk, metal, rock alternativo, e no final da conta, não são nada disso tudo.
Para “ajudar”, o líder do Strokes, que normalmente não tem muito trabalho para conduzir um show com a sua banda original, já que manda hit atrás de hit e faz um puta show, tentou mostrar um pouco de carisma que não lhe parece natural, e ao conversar com a plateia sempre parecia um tanto quanto comedido, precisando falar quatro ou cinco vezes a palavra “futebol” para chamar a atenção do público, doido para que músicas do Strokes fossem tocadas.
E foi só quando elas vieram, na forma de “Ize Of The World” e “Take It Or Leave It”, que as pessoas realmente se empolgaram com o show.
Muito pouco.
Setlist
- Ego
- 2231
- Ize of the World (The Strokes)
- Biz Dog
- River of Brakelights
- Dare I Care
- 11th Dimension
- Take It or Leave It (The Strokes)
- Glass
- Where No Eagles Fly
Resenhas
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