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Resenhas do primeiro dia de Lollapalooza Brasil

<b>Imagine Dragons, Cage The Elephant, Muse</b> e <b>Lorde</b> foram algumas das atrações.

Resenhas do primeiro dia de Lollapalooza Brasil

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Por Rakky Curvelo

Foto por I Hate Flash / Lollapalooza Brasil

Lorde

E mal acabou o show do Portugal. The Man, uma fila de adolescentes enlouquecidos começou a se juntar o mais próximo possível do Palco Interlagos no Lollapalooza Brasil. Também pudera, a próxima atração seria a (ainda adolescente?) Lorde. Aquela meia hora poderia demorar menos para passar, mas os fãs não se abalaram. Qual era o melhor jeito de fazer o tempo correr? Cantar as músicas da musa, claro!

Quando finalmente entrou no palco, a neozelandesa não fez qualquer cerimônia. Chegou logo cantando “Glory and Gore”, sem fazer seu público esperar mais.

No fim da segunda música, “Biting Down”, Lorde parou um instante para, timidamente, cumprimentar o público: “Oi Brasil! Vocês são tipo o público mais perfeito. Eu estou muito feliz de estar aqui! Vocês são maravilhosos!”. E seguiu para a super bem recebida “Tennis Court”.

Com seu jeitão esquisito de dançar e fazer com que seu corpo pareça seguir as batidas de cada música, Lorde foi ganhando o público à medida em que seu set evoluía para as principais canções que a fizeram se destacar nos últimos dois anos, sendo inclusive premiada com 4 Grammys recentemente.

Vestindo apenas um top preto e uma calça branca, a beleza esquisita de Lorde se fazia mostrar nos closes do telão, em que ela aparecia completamente dominada por sua música em cada movimento. O set, quase igual ao dos shows ao redor do mundo, trouxe uma surpresa para os brasileiros: uma cover de “Hold My Liquor”, de Kanye West.

A banda pequena, formada apenas por um baterista e um tecladista responsável também pelos sintetizadores e efeitos de voz tão comuns ao som da cantora, não impressionou.

Entre as várias paradas que fez para agradecer e elogiar o público brasileiro durante o show, Lorde resolveu compartilhar um pouco do que estava sentindo com o público paulista:

“Estou com muito calor! O tempo está muito bom aqui. Bom, eu sou da Nova Zelândia e pessoas de lá não saem muito do país. E eu estou tão feliz de que vocês me quiseram aqui e de ter a oportunidade de cantar pra vocês. Outra coisa é que eu tenho muito medo de ficar velha logo e de que isso acabe. Espero poder fazer isso por mais alguns meses. Mas estou feliz de vocês estarem todos aqui, ouvindo as minhas palavras, isso é incrível! Obrigada!” Tocar “Ribs” e gritar “It feels so scary getting old” depois desse discurso foi comovente, Dona Lorde.

Antes de tocar “Team” veio o mega hit “Royals”, cujo refrão (e principalmente ele), foi cantado por todo o público, mas de forma impressionante, não foi o ponto alto do show.

O público foi mais uma vez celebrado com papéis coloridos e novos elogios: “São Paulo, Brasil, vocês são a cidade dos sonhos! Muito obrigada! Eu espero voltar pra cá logo pra ver vocês de novo!”

A conclusão a que se chega depois do show da moça é de que Lorde trouxe para o Lollapalooza exatamente o que ela leva para o mundo inteiro: seu carisma tímido, sua voz poderosa e sua música, que impressiona, ainda não se sabe muito bem a razão. Mas se você escolheu passar o fim de tarde no Palco Interlagos esperando por ela e cantar todas as músicas que ela tocou ao invés de ver o Phoenix no palco Skol ou de dançar até morrer com Flux Pavilion no Palco Perry, você pode ficar satisfeito: Lorde não poderia ter sido mais Lorde.

Setlist:

  1. Glory and Gore
  2. Biting Down
  3. Tennis Court
  4. White Teeth Teens
  5. Buzzcut Season
  6. 400 Lux
  7. Easy (Son Lux cover)
  8. Ribs
  9. Hold My Liquor (Kanye West)
  10. Royals
  11. Team
  12. A World Alone

 

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