“A Band Called Death”, de Mark Covino e Jeff Howlett
Quase 10 anos antes do surgimento dos primeiros punks, que viriam abrir espaço para nomes consagrados como Ramones e Sex Pistols, surgia em Detroit, nos Estados Unidos, uma banda de punk. E não era só uma tentativa de ser punk, era um punk puro, cheio de atitude e de rebeldia, do tipo que deveria ter estourado, mas que só alcançou sucesso nos anos 2000. Estamos falando de uma banda só, uma banda chamada Death.
O documentário conta a história de três irmãos, os Hackney, que tiveram uma infância difícil, sempre foram muito ligados à religiosidade e à música e sua primeira relação com o rock foi uma apresentação dos Beatles, no The Ed Sullivan Show. A partir de então, começaram a fazer música, ouvir música e criar seu próprio jeito de fazer aquele chamado “rock´n´roll”. Depois da morte de seu pai, criaram a banda Death, com uma sonoridade muito diferente do que era comum para se tocar em seu bairro, em sua cidade e até em sua região.
O idealizador do projeto, David Hackney, criou um conceito para suas composições e para a música que fazia com seus irmãos, Bobby e Dannis Hackney. A banda cresceu, fez algumas apresentações e encontrou uma gravadora para gravar uma pequena fita demo. Depois de diversas tentativas de gravar seus sons e fazer sua música utilizando o nome Death, que foi amplamente rejeitado, eles receberam uma proposta para gravar um disco e fazer uma turnê, desde que mudassem o nome da banda. David rejeitou a oferta, e depois de várias idas e vindas a banda acabou em 1977.
Anos mais tarde, na década de 2000, as músicas daquela pequena demotape gravada no começo dos anos 70 foram encontradas, o que causou um barulho imenso na família Hackney e nos fãs de punk dos Estados Unidos. A história da família Hackney, de David e de como a fé na música e no seu trabalho pode sobreviver depois de tantas batalhas e derrotas é um pouco do que você confere nesse belo documentário.