Por Roberta Salles
Pluralidade musical e cultural. O EP Solta (2013) da sergipana Héloa não permite uma delimitação de gênero(s) exata. E ao contrário de outros casos que podem gerar uma mistura arbitrária de ritmos, levando um rótulo caótico qualquer da MPB moderna, aqui há o reflexo de uma base artística multifacetada, apesar da pouca idade da moça.
Héloa é filha de um músico e uma antropóloga, o que já a coloca, ainda criança, em contato com a arte e diversos tipos de cultura. Ainda muito nova ela começa sua carreira de atriz e estuda canto lírico, e mais tarde faz sua graduação em artes visuais.
Foi com essa formação heterogênea que em 2009 a moça começou sua empreitada na música. As nove faixas de Solta não fazem fronteiras sonoras entre o samba canção, o eletrônico, o rock, o pop e o carimbó. O resultado é uma vasta combinação de estilos que embalam suas letras românticas e ousadas – que se harmonizam com sua voz aveludada ao microfone. A atmosfera é vintage e ao mesmo tempo vanguardista, como ouvir uma novela de rádio em 2014.
Seu trabalho foi premiado na Mostra Sergipana de Música e recentemente Héloa fez uma turnê pelo Brasil, passando pela primeira vez por Minas Gerais e São Paulo
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