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Resenha: Megadeth em São Paulo

Veja como foi o show da banda na capital paulistana.

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Foto do Facebook da banda / Whiplash

Texto por Rafaela Pietra

Apesar da não realização do sonho de ouvir o icônico Youthanasia na íntegra, álbum que completara 20 primaveras em novembro deste ano, o show do Megadeth em São Paulo, no último dia 4, foi (mais) um sucesso.

Mesmo com o anúncio da turnê de aniversário do álbum, Mustaine já tinha deixado claro que o Youthanasia não seria tocado na íntegra nos shows feitos na América Latina nos últimos dois meses, mas a ideia de ouvir músicas há algum tempo não tocadas ao vivo, como “Family Tree,” “Train of Consequences” e “Blood of Heroes” animaram fãs como eu. Mesmo sem essas, o show esteve acima da média e muito agradou.

Antes da ação no palco, em meio a instrumentos musicais, um Meet and Greet gratuito realizado pela Jackson em uma loja na conhecida Rua Teodoro Sampaio uniu o baixista, Dave Ellefson, e o guitarrista, Chris Broderick, a cerca de 300 fãs (que conseguiram entrar), além de muitos outros, incluindo eu mesma. Além disso, a oportunidade de conhecer a banda antes do show, graças a um Meet and Greet pago, também fez a felicidade dos fãs, novamente como eu. Incluso no pacote, que dava direito a um VIP e um ingresso personalizados, além de um anel exclusivo do mascote da banda, Vic Rattlehead, uma foto com todos os quatro músicos para eternizar o encontro.

De volta ao show

Com meia hora de atraso, por volta das 20h30, a abertura de “Prince of Darkness” deixou a plateia pronta para o que viria a seguir. E a entrada incendiária da banda, ao som de “Hangar 18”, tratou de deixar tudo claro: o show seria alucinante. Seguindo uma tradição recente, as velhas amigas do público “Wake Up Dead” e “In My Darkest Hour” foram suficientes para continuar a enlouquecer os fãs. “Reckoning Day” então estreou a “homenagem” ao álbum Youthanasia e puxou a galera.

Como sempre, “Sweating Bullets” foi uma das músicas com maior participação da plateia, seguida de agradecimentos por parte do líder da banda, que declarou como era bom voltar a tocar na cidade. Em seguida, Mustaine disse que aquela era a 13ª vez do Megadeth no Brasil (o icônico 13 novamente), sendo a banda que mais vezes trouxe suas turnês para terras tupiniquins. A isso devemos o amor do Megadeth pelos fãs brasileiros, declarou o guitarrista.

“She-Wolf”, “Dawn Patrol” e “Poison Was the Cure” foram as escolhas seguintes e, apesar de não muito agitadas, fizeram o público cantar e pular. “Youthanasia”, muito esperada pelos fãs mais velhos, enlouqueceu e terminou de incendiar a galera, seguida de “Trust” e uma das queridinhas dos fãs brasileiros, o presente de Mustaine para aqueles que estiveram no show em São Paulo, “Tornado of Souls”, executada com perfeição.

Quando o final da clássica “A Tout Le Monde” sugeria que o show já havia passado do meio para o final, “Kingmaker” foi executada, a única música do último álbum da banda, Super Collider, tocada durante o show. Mesmo assim, “The Killing Road”, outra das músicas mais esperadas pelos fãs, movimentou a plateia e encerrou as homenagens ao Youthanasia. Em seguida, a favorita “Peace Sells… but who’s buying” e a presença do mascote Vic Rattlehead, em osso e osso no palco, fizeram o Espaço das Américas tremer sob os pés de cada um presente. Depois, “Symphony of Destruction” terminou de arrebatar até o mais descrente deles.

Após uma pausa, durante a qual os fãs não se calaram nem por um minuto pedindo a mais famosas das canções da banda, Mustaine voltou ao palco para, como sempre, finalizar o show com “Holy Wars… The Punishment Due”. Magistralmente, por sinal.

Mesmo sem o Youthanasia na íntegra e com um set list sem surpresas ou novidades, o show, que teve direito a duas bandeiras do Brasil lançadas ao palco, agradecimentos e interação do frontman com os fãs e até uma dancinha, ensaiada desajeitadamente por Mustaine enquanto os fãs gritavam “Olê, olê, olê, olê, Mustaine, Mustaine” a plenos pulmões, foi um dos melhores do Megadeth, em uma de suas muitas visitas a São Paulo nos últimos tempos.

Setlist:

  1. Intro: Prince of Darkness
  2. Hangar 18
  3. Reckoning Day
  4. Wake Up Dead
  5. In My Darkest Hour
  6. Set the World Afire
  7. Sweating Bullets
  8. She-Wolf
  9. Dawn Patrol
  10. Poison Was the Cure
  11. Youthanasia
  12. Trust
  13. Tornado of Souls
  14. A Tout Le Monde
  15. Kingmaker
  16. The Killing Road
  17. Peace Sells
  18. Symphony of Destruction
  19. Holy Wars… The Punishment Due