Indubitavelmente, Titãs é um dos nomes mais importantes, influentes, respeitados e expressivos de toda a história do rock nacional. Formada em São Paulo no início dos anos 80, a banda possui diversos clássicos emplacados durante toda sua carreira e agora, em 2014, retorna com mais um álbum repleto de inéditas diretas e impactantes, tratando sobre assuntos atuais sem pudor, de um jeito que apenas a banda sabe fazer.
Nheengatu, conforme foi intitulado o 18º registro dos Titãs lançado nesta segunda-feira (12 de Maio), é fiel ao comentário do vocalista, compositor, guitarrista e saxofonista Paulo Miklos, que definiu o trabalho como “pesado, sujo e malvado”. Em 14 faixas densas produzidas por Rafael Ramos, o quarteto, que também conta com Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto, aborda temas como homofobia, pedofilia, fome, miséria, crack, machismo, covardia, ciúme e possessão, fazendo uma crônica ácida do Brasil em carne viva, com as angústias e mazelas que estão bem aqui do nosso lado, em um de seus álbuns mais críticos.
“Nheengatu define bem um disco que trata dos assuntos mais sensíveis no desenvolvimento da sociedade brasileira nos dias de hoje. Nossa civilidade, ética e moral estão nas letras desse CD”, detalha Paulo Miklos. O título é uma língua derivada do tupi-guarani, criada pelos jesuítas no século XVII para unir as tribos nativas do Brasil e os brancos recém-chegados. Já a capa, com a imagem da Torre de Babel, é um mito bíblico sobre a completa falta de comunicação entre os homens.
E é com muita honra que o Tenho Mais Discos Que Amigos!, em mais uma parceria com a Som Livre, disponibiliza a audição na íntegra do álbum para você, querido leitor. Abaixo, confira o resultado poderoso de Nheengatu, que marca o primeiro trabalho de estúdio da banda com o baterista convidado Mario Fabre.
Titãs – Nheengatu
À venda em versão digital através do iTunes e em formato físico através da loja oficial dos Titãs.
01. “Fardado” (Sérgio Britto/Paulo Miklos)
02. “Mensageiro da Desgraça” (Paulo Miklos/Tony Bellotto/Sérgio Britto)
03. “República dos Bananas” (Branco Mello/Angeli/Hugo Possolo/Emerson Villani)
04. “Fala, Renata” (Tony Bellotto/Paulo Miklos/Sérgio Britto)
05. “Cadáver Sobre Cadáver” (Paulo Miklos/Arnaldo Antunes)
06. “Canalha” (Walter Franco)
07. “Pedofilia” (Sérgio Britto/Paulo Miklos/Tony Belloto)
08. “Chegada ao Brasil (Terra à Vista)” (Branco Mello/Emerson Villani/Aderbal Freire)
09. “Eu Me Sinto Bem” (Tony Bellotto/Sérgio Britto/Paulo Miklos)
10. “Flores Para Ela” (Sérgio Britto/Mario Fabre)
11. “Não Pode” (Sérgio Britto)
12. “Senhor” (Tony Bellotto)
13. “Baião de Dois” (Paulo Miklos)
14. “Quem São os Animais?” (Sérgio Britto)