Sub Pop Festival: saiba como foi a primeira edição em São Paulo

Sub Pop Festival passou pelo Chile e pela Argentina e faz sua estréia no Brasil em São Paulo, com noite de moshs e saudosismo.

Mudhoney

Mudhoney

Mudhoney

Mas não dava para dizer que o show mais esperado da noite não era o do Mudhoney. Tanto que, mesmo passando um pouquinho do horário previsto para o começo, não se via apreensão no rosto dos fãs, que lotavam o espaço à medida que chegava a hora do show. E a banda, que já está acostumada ao público brasileiro (já passaram 5 vezes pelo país), chegou ao palco sem mais delongas: Mark ArmSteve TurnerDan Peters Guy Maddison apenas entraram no palco, acertaram seus instrumentos e mandaram “Slipping Away”, que abre os shows da nova turnê e o disco novo, Vanishing Point, lançado em Abril do ano passado.

Derramando uma enxurrada de hits, misturada às canções do novo disco, os quase 25 anos de carreira do Mudhoney se misturavam à energia que Mark concentrava, ora em sua guitarra, parado frente ao microfone, deixando a experiência de sua voz guiar o caminho do show, ora em sua voz, espalhado por todos os cantos do palco, livre, pulando, dançando e interagindo com o público. “Suck You Dry”, “Touch Me I’m Sick”, “Judgement, Rage, Retribution and Thyme” e “Next Time” foram algumas das canções em que dava para notar essa diferença de atitude.

E quando o show pede, a galera responde. Como nunca antes na história desse festival, uma fila cada vez mais crescente e mais atrevida de fãs subia ao palco para mergulhar na galera em moshs dos mais diferentes tipos. Teve o fã fanfarrão que subiu no palco, fez o escocês pulando de um lado para o outro e se jogando na galera, teve o tímido, que subiu, encarou o Mark e desceu, teve o revoltado, com um salto de costas, o lerdo, que se estendeu um pouco mais em sua escolha de onde seria o melhor lugar para se jogar e acabou sendo atirado para fora do palco pelo segurança do evento e é claro, a mais atrevida e inesquecível fã que conseguiu subir no palco, rebolar e fazer o topless mais gratuito da vida. Para delírio dos garotos, é claro.

A conclusão a que a gente chega é que o Sub Pop Festival é um evento necessário para o cenário rock nacional e que a gente precisa sim de muito mais iniciativas como essa. E fica o pedido: voltem logo, por favor!

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