Nação Zumbi
Rufaram os tambores e foi a vez da Nação Zumbi entrar no palco com gás total abrindo com “Quando a maré encher”, uma dentre os clássicos do grupo. Logo em seguida teve música nova na parada, “Defeito Perfeito”, com os riffs envenenados de Lúcio Maia, que mostrou ser um dos grandes guitarristas nacionais em seus solos improvisados em “Bossa Nostra”.
No final de “Fome de Tudo”, o vocalista Jorge dü Peixe convidou o baterista dos Os Paralamas do Sucesso, João Baroni, para fazer percussão em “Manguetown”, música que fez o público se mexer na pista do João Rock.
“Hoje, Amanhã e Depois” foi tocada numa performance de brilhar os olhos, já que a banda mostrou seu espírito coletivo de atuação. Foi a deixa para uma pausa onde dü Peixe relembrou o marco zero da banda desde Chico Science no Da Lama ao Caos, e falou sobre a evolução do grupo, até os dias de hoje. É um prazer, com vinte anos passados, poder trazer um disco novo, com a mesma essência, com a mesma intenção, só que com outro endereço, do mesmo lugar, disse o músico antes de mandar “Cicatriz”.
Mantendo o legado de Chico Science e cada vez mais se consolidando como Nação Zumbi , o show foi só crescendo quando Jorge mandou seu Acende aê! e Lúcio Maia puxou o riff de “Blunt of Judah” para delírio da galera que pôde degustar, na sequência a nova “Foi de Amor”.
Reta final do show e é anunciado um bloco em homenagem aos 20 anos do Da Lama ao Caos com “Rios, Pontes & Overdrives”, “Etnia” e a própria “Da Lama ao Caos”, que botou o João Rock de ponta cabeça, encerrando o festival com um arranjo hardcore que incendiou a plateia.