Vanguart
O cair da noite e o clima de proximidade entre fãs e banda, além do coral que acompanhava Hélio Flanders e Reginaldo Lincoln cantando todas as canções, fizeram da apresentação do Vanguart no festival um momento bonito de se lembrar. “Estive”, que abre o disco novo e os shows da turnê foi cantada em coro do começo ao fim lá do Palco Universitário e dava pra apostar que se dessem um violão na mão daquela galera, eles tocariam a canção de trás pra frente também.
“Demorou pra Ser” e “Sempre que eu Estou Lá” também foram apresentadas ao vivo, seguidas do agradecimento de Flanders aos presentes: Muito obrigado a todos vocês que estão aqui! Viva o rock! Viva o João Rock! Em seguida, a banda emendou “Cachaça”, a primeira do show que não saiu de Muito Mais Que o Amor, último trabalho da banda de Cuiabá, lançado em 2013.
Em meio aos sucessos do primeiro álbum, de nome homônimo e do seguinte, Boa Parte de Mim Vai Embora, a banda se viu interagindo com o público, dedicando-lhes as canções e exaltando uma das únicas mulheres a se apresentar em uma banda no João Rock desse ano: Fernanda Kostchak, que no violino do Vanguart representou a ala feminina do rock nacional no festival, junto às backing vocals do Nando Reis e os Infernais e da homenagem ao Raul Seixas. Nas palavras de Hélio: Essa foi a primeira música que a gente fez com essa luz loira que entrou na nossa vida, para brilhar como um sol por aqui – é ela gente, Fernanda Kostchak! Os aplausos da galera encobriram o inicio de “O que Seria de Nós”.
Já no finalzinho da apresentação, com a clássica e inevitável “Semáforo”, Flanders mencionou o fato de a canção dizer da vontade de morrer dos amigos, enquanto que o público ali, que eram os seus verdadeiros amigos, estavam mesmo querendo viver todas as emoções do festival. Mas mesmo assim o coro em “Todos meus amigos / todos meus amigos / voam… voam… voam…” fechou o show com um pinguinho de vontade de pedir para eles ficarem mais.