Entrevista: Hamilton Leithauser

O ex-líder do <b>The Walkmen</b> falou sobre o primeiro disco de sua carreira solo, influências no trabalho e muitos outros assuntos.

Hamilton Leithauser ficou mundialmente conhecido por seu trabalho à frente da banda alternativa The Walkmen. Agora, após o fim do grupo, o músico resolveu sair em carreira solo e está lançando Black Hours, seu primeiro disco.

O trabalho, que chegou oficialmente às lojas no dia 3 de Junho, contou com as participações de Rostam Batmanglij, do Vampire WeekendRichard Swift, do The ShinsMorgen Henderson, do Fleet Foxes e The Cave Singers e Paul Maroon, que era companheiro de banda de Leithauser.

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É sobre esse registro e alguns outros temas que nós do Tenho Mais Discos Que Amigos! tivemos o imenso prazer de conversar com o artista.

TMDQA!: Primeiro, parabéns pelo novo disco. É ótimo. Agora, você poderia nos dizer como foi o processo de gravação do álbum?

Hamilton Leithauser: Muito obrigado. Fico feliz por isso. A gravação foi feita principalmente no estúdio Vox, em Los Angeles, em Agosto de 2013. Eu montei um grupo incrível de músicos – todos amigos – como banda de apoio. Todas as canções foram escritas enquanto estávamos lá, mas cada pessoa realmente trouxe sua atitude individual e a banda criou seu próprio som imediatamente. A gravação foi rápida e empolgante. Terminamos tudo, exceto os violões, em algo como 8 dias.

TMDQA!: Sobre o processo de composição, como é que você manteve distância de tudo o que fez no The Walkmen? Você usou músicas antigas que a banda nunca lançou ou tudo no álbum é novo?

Hamilton Leithauser: Tudo é novo. Eu sempre escrevo canções. Eu nunca paro… Então, estive compondo a partir do momento em que terminamos Heaven. Eu apenas continuei escrevendo. Eu não sei se algumas dessas músicas seriam do The Walkmen ou algo assim. Então, quando a banda começou a falar em não continuar mais, eu já tinha um grande lote de músicas e percebi que tinha que descobrir como finalizá-las. Um projeto “solo” parecia ser a ideia mais prática, apesar de ser um pouco irônico já que eu imediatamente montei uma banda de apoio ainda maior para ajudar. Mas, bem, é diferente agora.

Quais foram as suas referências para fazer esse álbum?

Um monte de música que costumo ouvir. Antigas, pessoas mais novas, rock clássico. Escuto muita coisa. Frank Sinatra, Roy Orbison, Johnny Cash, John Lennon, esses são alguns dos cantores que mais admiro.

Você contou um monte de colaborações no disco. Como isso aconteceu? Existe algum artista que você gostaria de trabalhar em seus próximos projetos?

Eles são apenas amigos e eu tive a sorte deles dizerem “sim” quando perguntei se queriam se juntar a mim. Foi uma espécie de line up dos sonhos. Eu acho que não há ninguém na Terra que possa vencer essa banda! Acho que ainda vou trabalhar com Rostam Batmanglij e Paul Maroon. Tenho parcerias de composição muito produtivas com os dois.

Existe pressão em ser um artista solo? Você esteve em uma banda por um longo período e agora está sozinho no centro das atenções.

É um pouco engraçado ver sempre o meu próprio nome nos cartazes. Eu sempre fui um membro de uma banda, então é um pouco estranho, no começo. Mas, eu vou me acostumar com isso.

Você tem muitos shows marcados para os próximos meses. Existe algum plano de turnê na América do Sul?

 Ainda não, mas eu espero que em breve. Eu adorei todas as vezes em que estivemos aí.

Você tem mais discos que amigos?

Hoje em dia, eu tenho cada vez menos amigos e mais e mais discos. Então, sim. Muuuuuuuuito mais discos.

Hamilton, muito obrigado por essa entrevista. Existe alguma mensagem que você gostaria de enviar para seus fãs brasileiros?

Muito obrigado! Me convidem para ir aí mais uma vez! Por favor!

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