Resenha e fotos: Frejat em Porto Alegre (06/07/2014)

Frejat desfila canções prediletas e hits alheios em releituras bem particulares em seu "Bailão".

Frejat
Frejat

Fotos por Robson Santos
Resenha por Paulo James (compositor e baterista da banda Acústicos & Valvulados / Jornalista)

OK, ok… a nova turnê de Roberto Frejat, que estreou em grande estilo no Rock in Rio 2013, tem o nome do seu novo single, “O Amor é Quente“, vendido em formato digital, numa dobradinha com a faixa “Me Perdoa“. Mas isso tudo mais parece uma bela desculpa pra colocar o pé na estrada e mandar brasa com “O Bailão do Frejat“. A exemplo do que ele próprio já tinha feito com o Barão lá em 1996, com o ótimo CD Álbum, a ideia é desfilar canções prediletas e hits alheios em releituras bem particulares.

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O show passou por Porto Alegre no domingo, 06 de Julho, ali no clássico Auditório Araújo Vianna. Casa cheiaça, quase lotada. Pouca gurizada – talvez por conta do valor do ingresso (90 Reales era o mais barato) – e muitos casais, de todos os tipos, raças e crenças. Muita dança, muito coro, muito celular filmando, muitas lembranças e juras de amor. Garçons subiam e desciam pelos corredores equilibrando garrafas e garrafas de champagne, enquanto os bares se desdobravam pra dar conta da alta demanda por vodka e cerveja, de boa qualidade. Apesar do frio do lado de fora, lá dentro a coisa esquentou afú!

Tudo começou praticamente na hora marcada (21h) com a tropicalista “Divino, Maravilhoso” (Caetano e Gil), prontamente emendada com “Você Não Entende Nada“, essa de autoria do filho de Dona Cânô. Até ali, todo mundo bem comportado em seus assentos marcados, aquele bom mocismo imperando. Mas logo que rolou o riff de “Maior Abandonado“, a turma abandonou a cadeirinha e tratou de fazer o que interessa mesmo: embarcou na festa e seguiu assim até o final do bis.

O “Bailão do Frejat” é festivo. A banda se diverte, e a gente conhece tudo, de Tim Maia a Titãs, de Rita Lee e Mutantes/Jorge Ben a Erasmo/Roberto. Tem até mesmo Barão (fase Cazuza, em sua maioria), composições dele que outros artistas gravaram (tipo “Malandragem“, eternizada por Cássia Eller) e algumas poucas da carreira solo (“Segredos” e “Amor Pra Recomeçar“, além do novo single).

Palco limpo, sem amplificadores ou retornos à vista, muita luz, cenografia simples, figurino classudo (e positivamente canalha também). Banda competente, batera, baixo, teclas e duas guitarras, tudo em cima, sem pausa pra respirar. E volume alto, bem alto, sem medo de ser feliz.

Frejat é um carioca boa-praça. Tem um grande carisma (imagine a bronca que foi “substituir” uma figura como Cazuza), e a qualidade que todo mundo conhece. Num clima leve, brincou direto com o público, e fez questão de mencionar a presença de vários amigos da noite porto-alegrense. Malandro, deixou no ar um […] “Mas acho que é melhor não se aprofundar nesse assunto”. Quem sabe, sabe!

   

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